A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) inaugurou na manhã da última sexta-feira, 19, a ‘Sala de Acolhimento às Vítimas de Violência’, instalada no Fórum Desembargador Artur Oscar de Oliveira Déda, em Nossa Senhora do Socorro. Essa é a primeira sala de acolhimento no país instalada em um fórum pelo sistema OAB.
“Hoje é um dia muito especial para a advocacia, para o poder Judiciário e para todas as mulheres vítimas de violência. Essa sala é uma realização completa de nosso Protocolo porque trazemos segurança, conforto e o mínimo de esperança para essas vítimas. O combate à violência doméstica é uma luta que normalmente a sociedade veem como sendo das mulheres, mas eu venho aprendendo e entendo que os principais responsáveis por essa virada de chave são os homens, somos nós que precisamos dar o exemplo e fazer a diferença”, ressaltou o presidente da OAB/SE, Danniel Costa.
Na oportunidade, o juiz Marcel Maia Montalvão, responsável pela Vara Criminal de Nossa Senhora do Socorro, foi homenageado pela Ordem por conta do importante trabalho de proteção que vem desenvolvendo junto às mulheres vítimas de violência doméstica, que buscam à Justiça.
“Os advogados agora têm um lugar para socorrer às mulheres vítimas de violência doméstica. O que a gente ouve na sala de audiência são barbaridades e a mulher acredita, piamente, que ela é o entrave da família. Por isso, eu parabenizo a OAB/SE que possibilitou a sociedade de Nossa Senhora do Socorro dizer que basta de violência, e nós acreditemos que isso vai acontecer”, enfatizou o magistrado.
A juíza Coordenadora da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Jumara Porto Pinheiro, participou da solenidade e destacou que a sala de acolhimento às vítimas é um grande avanço no combate à violência.
“Nós meus 18 anos atuando na área criminal eu achei que já tinha visto de tudo, mas eu nunca vi tanta brutalidade como eu tenho visto hoje na Coordenadoria da Mulher, por isso, só tenho a agradecer a OAB/SE por essa sala. A mulher não precisa ser julgada, a mulher vítima de violência precisa de acolhimento e cuidado, e é isso que essa sala representa: acolhimento e cuidado. Se todos nós dermos as mãos, mulheres e homens, eu tenho certeza que a gente vai conseguir mudar a realidade do nosso estado, do nosso país e quem sabe até do mundo”, finalizou.
Por Innuve Comunicação