Oferta de camarão na alimentação escolar proporciona diversificação na alimentação dos estudantes e será expandida para mais escolas de ensino em tempo integral no segundo semestre
Prestes a completar um ano de lançado, o programa ‘Filé de Camarão na Alimentação Escolar’ tem diversificado a alimentação dos estudantes da rede pública estadual de ensino e representa um salto de qualidade nas 45 escolas em tempo integral. Com investimentos no ano de 2024 orçados em R$ 1.281.904,92 pelo Governo do Estado para a aquisição do camarão, o programa é resultado de uma política pública para agregar saúde, segurança alimentar e nutricional nas escolas integrais, desenvolvimento, regionalização e fortalecimento da agricultura familiar, além de trazer uma ampla variedade no cardápio escolar.
A nova chamada pública para aquisição de camarão e também de farinha de mandioca entre os agricultores formais, informais e individuais será realizada a partir de 12 de junho, e o edital já está disponível no site da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc): https://siae.seduc.se.gov.br/siae.servicefile
Para o ano letivo de 2024, a primeira chamada pública resultou na aquisição de 10.203 quilos de camarão, sendo que, até o momento, já foram distribuídos quatro mil quilos. “A política de inserção do camarão na alimentação escolar foi uma das primeiras medidas do governo, perseguindo o compromisso de qualificar a oferta com novos gêneros alimentícios, promovendo inclusão social e movimentando a economia da agricultura familiar. Estamos na fase de expansão das escolas. Começamos com 45 e ampliaremos para todas as escolas do ensino integral. Nossa meta é ampliar o leque de opções”, afirma o secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral.
Para viabilizar o consumo de camarão no cardápio, o Departamento de Alimentação Escolar (DAE) realizou testes de aceitabilidade com os alunos e, pela primeira vez na história da matrícula em Sergipe, os estudantes preenchem um formulário para sinalizar se há alergias a alimentos. O crustáceo só é servido aos alunos que tiverem a autorização dos pais, por meio de um termo de responsabilidade. Para os alunos que têm alergia ao camarão, as escolas oferecem lombo suíno, frango ou carne bovina. A aquisição do camarão foi realizada por meio de uma chamada pública da agricultura familiar, promovendo a regionalização do produto.
“O camarão é um alimento típico de Sergipe, além de ser altamente nutritivo, rico em vitaminas do complexo B e ômega 3, as quais auxiliam no desenvolvimento, aprendizado e outras funções cognitivas”, afirma a diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, reforçando que o crustáceo tem alta aceitação por parte dos alunos.
“Cada unidade é responsável por gerenciar a oferta e a preparação, conforme os termos de consentimento dos pais ou responsáveis legais, que autorizam o consumo do camarão. Além disso, o camarão passa por todo o processo de distribuição por meio do Sistema de Alimentação Escolar, sob a supervisão do Conselho de Alimentação Escolar”, complementa a gestora.
Além disso, o DAE realiza capacitações para o recebimento e preparação da proteína e providenciou equipamentos para o armazenamento adequado. A capacitação de merendeiros na manipulação, armazenamento e cuidados com o camarão foi um passo muito importante no processo. Eles receberam informações dos técnicos sobre os valores nutricionais do camarão, o armazenamento adequado, a manipulação e as opções de cardápio de acordo com o já oferecido, além de como evitar reações alérgicas e o que fazer caso seja identificado algum caso.
O Centro de Excelência Santos Dumont, em Aracaju, é uma das 45 unidades da rede estadual abastecida com o camarão. A diretora da escola, Jeane Goés, comenta que acrescentar o camarão no cardápio escolar foi uma ação bem-vinda. “Sabemos que passar o dia todo na escola demanda um cardápio diversificado. E falando do camarão, além de ser saboroso, vem todo preparado e facilita muito a produção e o processamento na cozinha, além de render bastante, e a gente pode fazer várias receitas. O camarão só veio a acrescentar, e é importante manter essa variedade dentro do cardápio. A aceitabilidade na escola é muito grande”, comemora.
O aluno Gabriel Marlon também aprova a inserção do camarão na merenda escolar. “É importante ter a diversificação no cardápio para diferenciar a refeição, pois tem novas proteínas e não fica saturado. Eu consumo o crustáceo, e a escola também fornece outras opções para os alunos”, ressalta.
Confira o edital para nova chamada pública para aquisição de camarão e farinha de mandioca.
Merenda de qualidade
Todas as 319 escolas públicas estaduais são rotineiramente abastecidas com itens da alimentação escolar (legumes, frutas, cereais, massas, verduras, grãos, carne bovina, frango, suco, biscoito, arroz, feijão, etc), supervisionadas por técnicos do DAE e equipe de nutricionistas.
Em 2024, está sendo investido o montante de R$ 49.580.845,40 em gêneros alimentícios. Somente para a agricultura familiar, a meta a ser atingida é R$ 10.617.697,68 em compra, ou seja, 30% dos produtos adquiridos para a alimentação escolar, superando a porcentagem exigida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Escolas com camarão
Integrantes da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA) estão sendo contemplados no programa Filé de Camarão na Alimentação Escolar. São eles: o Centro de Excelência Santos Dumont, Centro de Excelência Professora Ofenísia Freire, Centro de Excelência Vitória de Santa Maria, Centro de Excelência Barão de Mauá, Centro de Excelência Nelson Mandela, Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite, Centro de Excelência Professor José Carlos de Souza, Centro de Excelência Governador Djenal Tavares de Queiroz, Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Centro de Excelência Dom Luciano Cabral Duarte, Escola Estadual 08 de Julho, Centro de Excelência Leandro Maciel, Centro de Excelência Coronel Francisco Souza Porto, Centro de Excelência José Rollemberg Leite, Centro de Excelência John Kennedy, Centro de Excelência Professor João Costa, Centro de Excelência de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, Centro de Excelência Secretário de Estado Francisco Rosa Santos, Centro de Excelência Governador Augusto Franco, Centro de Excelência Professora Maria Ivanda de Carvalho Nascimento, Centro de Excelência Professor Paulo Freire.
Já na Diretoria Regional de Educação 1 são contemplados: o Centro de Excelência Manuel Bonfim (Arauá), Centro de Excelência Cleonice Soares da Fonseca (Boquim), Centro de Excelência Leonardo Gomes Carvalho Leite (Cristinápolis), Centro de Excelência Senador Walter Franco (Estância), Centro de Excelência Arquibaldo Mendonça (Indiaroba), Centro de Excelência Prefeito Joaldo Lima de Carvalho (Itabaianinha), Centro de Excelência Dr. Jessé Fontes (Pedrinhas), Centro de Excelência Joaldo Vieira Barbosa (Salgado), Centro de Excelência Dom Vicente de Távora (Tomar do Geru), Centro de Excelência Ulisses Guimarães, Colégio Estadual Professora Josefina Leite Campos (Pedrinhas), Centro Educacional de Educação Profissional Maria Fontes de Faria (Boquim).
As unidades de ensino da Rede Estadual que compreendem a Diretoria Regional 6 e que participam do programa são: o Centro de Excelência Dr. Luiz Garcia (Brejo Grande), Centro de Excelência Manuel Dantas (Cedro de São João), Centro de Excelência Dr. Jessé Trindade (Ilha das Flores), Centro de Excelência Josino Menezes (Japoatã), Centro de Excelência Marechal Pereira Lobo (Neópolis), Centro de Excelência Dr. Leandro Maciel (Pacatuba), Centro de Excelência Joana de Freitas Barbosa (Propriá), Centro de Excelência Mathias Barroso, Colégio Estadual São Francisco de Assis (Canhoba), Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Campos (Amparo de São Francisco), Colégio Estadual Emiliano Guimarães (Malhada dos Bois) e Colégio Estadual João Dias Guimarães (São Francisco).
Foto: Maria Odília