Três municípios sergipanos, Aracaju, Lagarto e Itabaiana, foram escolhidos pelo Ministério da Saúde (MS) para participarem de um projeto que busca a melhoria das informações que constam nos atestados de óbito. Segundo Raquel Barbosa, da área Técnica do MS, o Brasil tem mais de 30% de causas morte de baixa qualidade, o que compromete a elaboração de políticas e ações para a área da saúde.
“O MS está com um projeto com 60 municípios do país, entre eles três de Sergipe, para o levantamento de causas de morte de baixa qualidade porque muitas vezes as informações que constam nos atestados de óbitos não esclarecem, de fato, do que as pessoas faleceram. E isso é preocupante porque sem entender e saber do que as pessoas estão indo a óbito, fica mais complicado pensar em políticas e ações para a saúde. Por isso, fizemos treinamentos e as equipes já estão em campo e indo aos hospitais para investigar as informações dos prontuários médicos, por exemplo, e como elas estão sendo passadas para o preenchimento dos atestados de óbito”, explica.
De acordo com ela, a etapa de levantamento das informações deve ser concluída até outubro deste ano. “Com o trabalho de campo saberemos realmente quais os fatores que levam as causas morte de baixa qualidade, mas já percebemos que, muitas vezes, as informações constam nos prontuários médicos, mas não chegam claras para os atestados de óbito. Queremos concluir a etapa de campo até outubro e todo o projeto até março de 2019”, disse Raquel.
Estado
E a SES está dando todo o suporte necessário para a execução do projeto em Sergipe, ressalta Marcia Santana, da área Técnica da Vigilância Epidemiológica. Ela conta ainda médicos do Hospital Cirurgia e do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) passarão por uma capacitação para a melhoria da qualidade da causa morte nas declarações de óbito.
“O Estado está participando da investigação junto com os municípios e, inclusive, iremos em breve capacitar alguns médicos, principalmente, os da UTIs para o preenchimento dos prontuários. Precisamos avançar na qualidade das causas de morte dos atestados de óbito”, declara.
Por Ascom/SES