Os médicos do Município de Aracaju, em greve há 89 dias, realizaram mais um ato público nesta terça-feira (16), na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cândida Alves, localizada no bairro Santo Antônio, zona Norte da capital. O protesto tem como objetivo mostrar à população o que a categoria chama de “intransigência” do prefeito Edvaldo Nogueira em não querer negociar com a classe e acabar com a greve.
A categoria cobra reajuste salarial, implantação de uma tabela única para todos os servidores e a revogação do decreto da pejotização.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto, os médicos estão tentando de todas as formas negociar com a Prefeitura Municipal de Aracaju, mas diferente desta postura, o prefeito Edvaldo Nogueira, junto com os seus assessores, “se negam, mesmo existindo a possibilidade de conceder o reajuste salarial de 2,94% – de acordo com dados oficiais passados pela PMA.”
Atendimento
Com a paralisação em vigor, cerca de 500 médicos deixaram de atender à população nos 43 postos de saúde e nos Centros de Especialidades Médicas Augusto Franco e Siqueira Campos, prejudicando mais de 200 mil pessoas. Já as UPAs Nestor Piva e Fernando Franco todo o efetivo permanecem funcionando em sua totalidade.
O que diz o prefeito
Sobre a longa greve dos médicos, o prefeito Edvaldo Nogueira disse que a gestão não pode conceder o pedido de reajuste salarial, no momento, para não comprometer a estabilidade financeira do município. O gestor lembrou, ainda, que a Prefeitura se mantém “aberta ao diálogo com os profissionais, como sempre tem feito, mas que não seria justo conceder aumento apenas para uma categoria.”
por Joangelo Custódio/AJN1