Uma história iniciada no dia 14 de julho, com um parto de gêmeas, foi concluída com êxito nesta quarta-feira, 27, na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN), consolidando o sonho de uma família sergipana. Filhas do casal Andreza Ramos e João Batista Ramos, que são agricultores na cidade de Japoatã, as gêmeas Emily e Beatryz, prematuras de 35 semanas, foram separadas logo no nascimento devido à necessidade de assistência específica para Beatryz.
De acordo com a neonatologista da MMLN, Thaís Fernandes, a bebê nasceu com baixo peso devido a uma transfusão feto-fetal (quando um gêmeo absorve o sangue do outro e cresce mais) e apresentou desconforto respiratório logo após o nascimento. “Durante a investigação do diagnóstico, foi visto que ela era portadora de uma cardiopatia congênita cianogênica, que é quando o bebê apresenta aspecto arroxeado na pele. A situação demanda tratamento cirúrgico, mas ela ainda não tinha peso para isso”, explica a médica.
Ainda segundo a neonatologista, a bebê permaneceu internada para ganho de peso e recebendo medicação específica para manter o canal arterial aberto, assegurando a sua sobrevivência. No dia 6 de setembro, Beatryz foi operada numa unidade especializada, retornando no dia seguinte para a maternidade. “Fizemos todo o manejo do pós-operatório até a plena estabilização, superamos as questões relativas à prematuridade e à cardiopatia, para que ela pudesse receber alta em total segurança, que é nosso maior objetivo aqui na maternidade”, destaca Thaís.
Acolhimento
A mãe das gêmeas, Andreza Ramos, destaca todo o acolhimento e cuidado com que foi tratada, assim como sua filha e marido, durante todo o período que permaneceram na unidade. “Recebemos sempre muita atenção, psicólogos vinham conversar com a gente, e todos os médicos e enfermeiros explicavam tudo que se passava. Acompanhamos tudo que eles explicavam. Graças a Deus, estou indo para minha casa com minha filha nos braços. Não tenho palavras para agradecer”, diz.
A bebê passa agora a receber um acompanhamento especializado na maternidade.
Para a diretora geral da Maternidade Lourdes Nogueira, Rita de Cássia Leal, esse é mais um caso que consolida o papel de relevância social da unidade. “Essa é mais uma história que mostra o êxito do modelo de assistência e da capacidade dos profissionais que aqui atuam. O atendimento de um caso com essas particularidades demanda uma ação integrada multisetorial e multiprofissional para que cheguemos a um final feliz como, graças a Deus, esse chegou, atendendo a gestantes e bebês de Aracaju, de outras cidades, e até de outros estados que aqui chegam”, define.
Foto: Ascom MMLN