Em 2024, foram servidas aproximadamente 212 mil refeições diárias, contabilizando uma média total de 42,4 milhões de refeições ofertadas nas 318 unidades de ensino da rede estadual
Em Sergipe, a alimentação escolar é um instrumento de transformação social, que conecta o campo à sala de aula e cria um ciclo virtuoso de desenvolvimento e cidadania. Durante o ano letivo de 2024, o Departamento de Alimentação Escolar (DAE) da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) serviu aproximadamente 212 mil refeições diárias, contabilizando uma média total de 42,4 milhões de refeições ofertadas nas 318 unidades de ensino da rede estadual. Para subsidiar as refeições, foram adquiridas em torno de seis mil toneladas de produtos por meio de Chamada Pública. Este quantitativo atingiu o percentual de 65,5% de compras de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar, ultrapassando o percentual mínimo de aquisição, sugerido em normativa, que é de 30%, e dobrando o percentual de 33%, atingido em 2023.
“Atingir e ultrapassar os 30% de aquisição de alimentos da agricultura familiar no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é um dos grandes objetivos da Alimentação Escolar de Sergipe. Essa meta representa não apenas o cumprimento de uma exigência legal, mas também o fortalecimento de uma política pública que transforma realidades. Ao priorizar a compra de alimentos de pequenos produtores, estamos fomentando a economia local, valorizando o trabalho do agricultor familiar e promovendo o desenvolvimento das comunidades rurais”, comemora a diretora do Departamento de Alimentação Escolar, Lucileide Rodrigues.
O presidente da Cooperativa de Producao Agroindustrial e Comercializacao do Estado de Sergipe (Coopac), Jadson Lourenço, explica que o Assentamento Jacaré Curituba, de Poço Redondo, é parceiro da Seduc há longo tempo. “Nós começamos a fornecer produtos em 2010. Depois ficamos um tempo sem participar e, em 2022, retomamos com o nosso carro-chefe, que é o milho verde. Para 2025, pretendemos fornecer tanto o milho verde quanto o melão”, comenta.
Na avaliação do produtor assentado, fornecer alimentos frescos e saudáveis para os alunos da rede pública estadual é gratificante. “Nós sempre consideramos essa parceria importante porque garantimos produtos de qualidade para as crianças e adolescentes em idade escolar, incluindo os nossos próprios filhos que são alunos da rede pública”, acrescenta.
Em valores absolutos, foram comprados R$ 8.863.395,53 em gêneros alimentícios da agricultura familiar e R$ 14.163.307,97 de gêneros alimentícios provenientes do pregão eletrônico, por meio de recursos transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Além disso, a Seduc investiu R$ 31.135.087,87 na compra de alimentos destinados à Alimentação Escolar. Deste modo, a soma de todos os recursos investidos em Alimentação Escolar, no ano letivo de 2024, totalizou R$ 54.161.791,37, garantindo alimentação segura, adequada e de boa qualidade para o alunado da rede estadual de ensino.
Desperdício zero
Somado aos demais avanços, o DAE conseguiu diminuir o índice de avarias de produtos, que hoje representa menos de 0,1% de todo o volume de alimentos adquiridos. Importante passo de responsabilidade com a gestão financeira, e com a segurança alimentar e nutricional, mitigando o desperdício de alimentos.
Foto: Maria Odília