Reforçando seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, a deputada estadual Linda Brasil (Psol), participou, nesta segunda-feira, 11, de dois importantes eventos contra a violência policial em Sergipe. O primeiro ato foi realizado na praça Tobias Barreto, em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE), e o segundo evento ocorreu na Câmara de Vereadores de Aracaju, em uma audiência pública sobre a implementação de câmeras nos uniformes da Guarda Municipal, convocada pela vereadora Sônia Meire (Psol). Os eventos reuniram ativistas, movimentos sociais e familiares de vítimas, unindo vozes em um apelo por justiça e uma segurança pública mais humana e transparente.
O ato na praça Tobias Barreto, organizado por movimentos sociais e redes de apoio a familiares de vítimas, buscou não apenas visibilizar a causa, mas também pressionar por medidas concretas de prevenção e combate à violência policial. O evento prestou homenagens a jovens como Ithalo Nascimento, Wagner Júnior, Thawan Matias, Ayslan Assis e Alassy Fael, inocentes que perderam a vida, em 2024, por policiais das forças de segurança de Sergipe. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes clamaram por mais transparência nas ações policiais e por mecanismos de fiscalização independente das forças de segurança, além de coletarem assinaturas para o “Manifesto contra o racismo e a violência de Estado contra a população negra e periférica de Sergipe”, que foi protocolado na SSP durante a mobilização.
Em discurso durante o ato, Linda Brasil enfatizou a necessidade de responsabilizar agentes que abusam de sua autoridade e combater a impunidade em casos de violência policial. “Não podemos naturalizar ou aceitar calados essa crueldade cotidiana, com a conivência do Governo Mitidieri, pois já são 229 pessoas mortas somente no primeiro ano do governo dele, e até agora nada das câmeras nos uniformes policiais”, declarou a deputada. Ela destacou ainda o Projeto de Lei n° 469/2023, de sua autoria, que visa à implementação de câmeras nos uniformes policiais, mas que ainda não foi votado na Assembleia Legislativa de Sergipe. “Sigo cobrando que a Alese aprecie o nosso PL, que é essencial para mitigar tragédias e garantir transparência. Estou aqui não apenas para apoiar as famílias, mas para me colocar à disposição dessa luta e exigir que o estado responda por essas mortes”, disse.
A deputada também ouviu relatos emocionantes de familiares e vítimas da violência policial, reforçando a urgência de uma mudança profunda na relação entre a polícia e a população. O ato foi encerrado com um momento de silêncio em memória das vítimas e um compromisso de continuidade na luta por uma sociedade mais justa e segura.
Audiência Pública para a instalação de Câmeras nas fardas da Guarda Municipal de Aracaju
Após o ato na praça Tobias Barreto, Linda Brasil seguiu para a Câmara de Vereadores de Aracaju, onde participou da audiência pública, organizada pela vereadora Sônia Meire (Psol), para debater o Projeto de Lei 20/2024, que prevê o uso de câmeras nos uniformes da Guarda Municipal de Aracaju. Em apoio à proposta, a deputada ressaltou a importância da medida como forma de proteger tanto a população quanto os servidores públicos.
“A concepção de segurança pública hierarquizada coloca guardas e soldados na linha de frente sem a devida proteção. As câmeras são uma forma de proteger não só a população, mas também esses profissionais, que se tornam alvo da violência de um estado que, sem os devidos investimentos e preparação, acaba colocando todos em risco,” argumentou Linda Brasil. A deputada destacou que essa também é uma luta pela dignidade da classe trabalhadora da segurança pública e que medidas como essa são essenciais para garantir um ambiente de trabalho mais seguro e responsável.
Linda Brasil reiterou seu compromisso em lutar pela promoção de mudanças na política de segurança pública em Sergipe, defendendo a criação de programas de formação humanizada para policiais, além do fortalecimento de ouvidorias e uma série de protocolos concretos que garantam mais humanização nas atuações, condições dignas de trabalho e valorização das trabalhadoras e trabalhadores.
Foto: Ascom
Por Marcela Prado