A deputada Linda Brasil (PSOL) fez nesta quinta-feira (22), um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), cobrando uma solução para a falta de medicamentos no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case), destinados aos pacientes renais e que foi veiculada em uma emissora de tv.
“Tenho recebido denúncias recorrentes. A semana passada eu trouxe aqui a notícia da falta de outro medicamento no Case é constante a falha na medicação de medicamentos de uso contínuo. No início do mês a gente anunciou aqui e até agora nada foi resolvido, apesar de a Secretaria da Saúde informar que esses remédios são distribuídos pelo Governo Federal. A gente defende que haja um planejamento, ou seja, não esperar terminar os remédios para que possa solicitar os novos”, observa.
Linda Brasil enfatizou que não se brinca com a saúde de pessoas que de dependem de medicamentos para estarem com o tratamento em dia. “Falta sim planejamento da Secretaria de Estado da Saúde, pois em julho já estava faltando insulina, o micofenolato 360 (para doenças auto-imunes e o sirolimus (para pacientes renais). São muitas queixas dos pacientes que demonstram a falta de planejamento e gestão da secretaria. Espero que, com mudança na pasta, as coisas possam melhorar. É uma pasta que precisa de pessoas técnicas que tenham conhecimento na administração pública. Acredito que a pasta da saúde é uma das mais difíceis, mais complexas e esses casos precisam ser pontuados”, acredita.
A parlamentar acrescentou que um paciente informou que por causa da falta de medicamentos no Case, teve a cirurgia feita, prejudicada. “Isso gera custos também para o próprio estado já que esse paciente vai voltar em busca de novo tratamento, quiçá de nova cirurgia”, lamenta.
Em aparte, a deputada Lidiane Lucena (Republicanos) disse ter assistido à matéria na tv sobre a falta de medicamentos.
“Entrei em contato com a pessoa responsável pelo Case e o que acontece realmente é que esses medicamentos vêm do Ministério da Saúde; então toda essa organização não é porque o pedido é feito quando o pedido acaba. Eles tem um planejamento de distribuição para os estados. Tem um medicamento que está para chegar e outro que está sem previsão, mas isso é o Governo Federal que tem que enviar pra cá. O pedido é feito, eles ficam cobrando, mas vêm do ente federal”, esclarece.
Vazamento de petróleo
Linda Brasil também destacou na sessão desta quinta-feira (22), sobre os cinco anos do crime de vazamento de petróleo no litoral nordestino. “Esse mês acontece a campanha Mar de Luta e o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, juntamente com o Conselho Pastoral dos Pescadores e outras entidades de ativistas que lutam pelo fim da utilização de combustíveis fósseis; que estão promovendo uma série de atividades nos estados do Nordeste e também em Brasília para lembrar os cinco anos do devastador crime ambiental de vazamento de petróleo que atingiu a costa nordestina e dois estados do Sudeste. Essa campanha procura lembrar a sociedade brasileira, de todos os impactos causados para centenas de comunidades pesqueiras, com o vazamento do petróleo em 2019”, afirma ressaltando a importância da mudança para combustíveis fósseis.
Por Aldaci Souza