“É um livro para sentir”. Assim a jornalista aracajuana Lara Aguiar descreve a sua primeira obra publicada em formato de livro. Intitulada ‘Libertas’, a obra, que é permeada pela subjetividade, é a mais nova publicação da Editora do Diário Oficial de Sergipe – Edise e será lançada na próxima sexta-feira, dia 17, às 17h, no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda, em Aracaju (SE).
Através do poema em prosa ou prosa poética [gênero contemporâneo que a cada dia tem ganhado mais espaço entre as novas gerações de escritores], a autora brinca com as palavras, fazendo uso de símbolos, signos e da musicalidade, permitindo assim que os leitores mergulhem profundamente em cada um dos 64 textos presentes na obra.
Como boa parte dos autores, Lara começou escrevendo para si. Preferia guardar a expor seus rabiscos. Assim, desde 2003, ela vem depositando a essência do que sente no papel, ora publicando, ora arquivando, para quem sabe futuramente publicá-los. “Libertas” é exemplo disto. Nele, estão gravados diversos textos escritos há mais de uma década, alguns alterados, outros preservados com as mesmas palavras para proteger a memória dos sentimentos que àquela época se faziam presentes.
Sem narrativas fixas, os textos impressos na sua obra remetem a uma ideia de catarse, onde os sentimentos se confundem e dão margem para que os leitores tenham várias interpretações a partir do que foi descrito. “Brincando com as palavras eu tento deixar os textos em aberto para que cada um interprete e sinta sem nenhuma interferência da minha parte”, descreve.
Edise
Assim como todas as obras da Edise, o “Libertas” também passou pela avaliação do Conselho da Editora, para que assim pudesse ser publicado. Para a jornalista, a notícia da aprovação foi um momento de emoção. “Esse livro é como se fosse um filho, tem uma representação muito forte. É a materialização de algo que nem eu imaginava que iria virar realidade”, afirma.
A autora
Nascida em Aracaju (SE), Lara Aguiar é jornalista, licenciada em Letras/Português e pós-graduada em Filosofia. É membro da Academia de Letras de Aracaju (ALA) e morre de amores pela palavra, falada e escrita, com todo seu simbolismo, sinestesia e literariedade. Atualmente é revisora do Jornal da Cidade e editora do Caderno Revista da cidade, suplemento do mesmo jornal.
Leitora voraz de escritoras como Clarice Lispector, a autora se destaca pelo ineditismo dos seus textos, como bem lembra o jornalista Marcos Cardoso, responsável por descrever no prefácio da obra o trabalho desenvolvido pela sergipana. Além do livro, ela possui desde 2008 o blog artscritta, onde disponibiliza todo o sentimentalismo dos seus poemas em prosa, além de textos com gêneros diferentes, como análises de filmes, livros, músicas ou ainda acontecimentos do cotidiano.
Fonte: ASN