Durante três dias, Itabaiana se transformou na capital brasileira do cultura com a realização da IV Bienal do Livro. O evento, que mobilizou o mundo literário, movimentou a economia do município ao atrair para dentro do Shopping Peixoto cerca de 40 mil visitantes para acompanharem as 30h de programação musical, os mais de 300 escritores que expuseram suas obras, além de pintores, artesãos, ilusionista, contadores de história e muito mais.
No domingo, 22, último dia do evento literário, o espaço Talk Show recebeu debates que contribuíram muito para o desenvolvimento da cultura. Um deles foi entre Jorge Carvalho, Neu Fontes e Artêmio Barreto que falaram sobre Luís Antônio Barreto: o homem, a obra, o legado. O presidente do Tribunal de Contas de Sergipe, Clóvis Barbosa, conversou com o público sobre Crônicas, contos, romances, jornais e livros. Domingos Pascoal e Lucas Lamorier falaram sobre As Academias de Letras: missão, egos,mesuras sucesso.
O ponto alto da festa e um dos mais aguardados pelo público foi o show do cantor sergipano, natural de Boquim, George Sands, classificado no The Voice Brasil. O artista, que se apresentou na Tenda Cultural Melcíades de Souza, disse que a disseminação da cultura é primordial. “A arte revela algo no ser humano que fica escondido no dia a dia. A arte incomoda, transforma, cria e revela. Quando me deparo com um evento deste, me sinto na obrigação de divulgar”.
Se deslocando mais de 110 quilômetros, distância que separa Monte Alegre de Itabaiana, a estudante Lirielly Lopes não mediu esforços para viajar no mundo da literatura da Bienal do Livro. “Livro é arte, é vida, estou amando tudo e aproveitei para garantir uns exemplares que me chamaram a atenção”.
Escritores
A Praça dos Escritores Bartolomeu Peixoto reuniu autores e obras dos mais variados temas. Dentre eles estava o desembargador Edson Ulisses que compareceu por dois dias no evento levando seu livro Sabedoria Popular. “A Bienal é um movimento fantástico que nunca foi visto na história de Sergipe. A relação escritor e leitor é o encontro mais saudável que existe”.
Com apenas 15 anos, a jovem estudante Dulce Maria resolveu a se jogar de corpo e alma no mundo da literatura escrevendo seu primeiro livro Só mais uma Vez. “Sempre gostei muito de ler e escrever e com o apoio dos meus pais escrevi meu primeiro livro. Sempre antes de dormir ficava imaginando histórias e colocando no papel, ao final juntei tudo para fazer a publicação”.
A Bienal vem incentivando pessoas a escrever livros, a comprovação disso foi a empresária e escritora Maria da Conceição Andrade Oliveira, que após a primeira edição do evento decidiu produzir uma obra para apresentar ao público tendo como inspiração a história do seu pai. “Na primeira edição da Bienal sai com uma ideia fixa de escrever um livro sobre a história do meu pai, o Arrojado, que todo povo de Itabaiana conhece. Até hoje, mesmo depois de 29 anos de sua morte, o povo me fala dele”.
Economia
Radiante com o movimento do Shopping, o proprietário do centro de compras batia ponto durante todo o horário de funcionamento. Satisfeito, Messias Peixoto revelou que a união entre o shopping e a Bienal tem que continuar. “Estou muito agradecido por este evento ter sido aqui. Durante os três dias de evento o shopping ficou lotado que foi necessário contratar mais funcionários para a limpeza e criar uma nova via de estacionamento para comportar o público”.
Fonte: Assessoria de Imprensa