A Viação Itapemirim, empresa de ônibus interestaduais do mesmo grupo que paralisou subitamente suas operações aéreas às vésperas do Natal, encerrará os serviços rodoviários em 73 mercados onde atua.
Cada mercado representa uma ligação entre duas cidades. No total, 73 cidades deixarão de ser atendidas por 16 linhas suprimidas pela empresa. Entre essas linhas estão Recife-São Paulo, Recife-Rio, Brasília-Maceió e São Paulo-João Pessoa.
Em recuperação judicial desde 2016 e com dívidas tributárias de quase R$ 2 bilhões, o grupo suspendeu todos os voos da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) no dia 17, prejudicando mais de 110 mil passageiros que tinham bilhetes comprados para viagens até o dia 31 de dezembro.
A portaria nº 476 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada na edição do “Diário Oficial da União” desta quinta-feira, estabelece que as linhas da Itapemirim poderão ser suspensas a partir de 27 de janeiro de 2022.
A data já considera o prazo mínimo de 90 dias para comunicação prévia à ANTT e aos usuários, contados a partir do protocolo dos pedidos, no fim de outubro. Os passageiros terão direito ao reembolso, em até 30 dias, do valor pago pelo bilhete.
De acordo com a ANTT, no caso dos 73 mercados em que haverá paralisação das atividades, a empresa perde o direito de operá-los futuramente, “conforme disposto no Art. 45 da Resolução nº 4.770/2015”.
Confira abaixo as linhas que serão suprimidas a partir do dia 27 de janeiro:
– Areia (PB) – Recife (PE)
– Belo Horizonte (MG) – Recife (PE)
– Brasília (DF) – Maceió (AL)
– Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Campos dos Goytacazes (RJ)
– Caldas Novas (GO) – Maceió (AL)
– Feira de Santana (BA) – Fortaleza (CE)
– Recife (PE) – Barra do Garças (MT)
– Recife (PE) – Curitiba (PR)
– Recife (PE) – Foz do Iguaçu (PR)
– Recife (PE) – Rio De Janeiro (RJ)
– Recife (PE) – São Paulo (SP)
– Rio de Janeiro (RJ) – Teresina (PI)
– Salvador (BA) – Sobral (CE)
– São Paulo (SP) – João Pessoa (PB)
– São Paulo (SP) – Santa Cruz do Capibaribe (PE)
– Teresina (PI) – Belém (PA)
Fonte: Valor Econômico