O Vereador Professor Iran Barbosa (PT) participou, na manhã desta quinta-feira, 28, da 11ª edição da “Prova Final da Educação Pública”, atividade organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – Sintese e realizada no Calçadão da Rua João Pessoa, no Centro da Capital. A Prova é uma avaliação anual, onde professores e professoras dão notas à política pública educacional de 74 gestores municipais e do governo do Estado. Aracaju fica de fora, já que os professores da rede municipal são filiados ao Sindipema.
Na avaliação de Iran, o reflexo do descaso de uma boa parte dos prefeitos sergipanos e do governador do Estado com a educação e com os educadores fica evidente diante das notas rebaixadas recebidas pela maioria dos gestores, que não alcançaram médias maiores que 5,0 (cinco), sendo reprovados no quesito Política Educacional. O governador Jackson Barreto (PMDB), por exemplo, recebeu nota 0,8 (oito décimos), inferior, inclusive, à nota obtida no ano passado, que foi 0,9 (nove décimos). “São políticas de desmonte da educação pública e de massacre aos professores da ativa e aposentados, com negação de direitos e destruição das carreiras. Tem sido assim na política de educação implementada pelo Governo do Estado, copiada por boa parte dos gestores dos municípios. A resposta está aí, com a maioria reprovada pelos educadores”, destacou.
“Além disso, é preciso lembrar que o que se conseguiu de avanços na educação de Sergipe foi graças à luta, à organização e à resistência dos professores. Não fosse por isso, a educação pública deste Estado estaria muito pior. É fundamental fazermos essa leitura diante da avaliação rebaixada da maioria dos gestores públicos sergipanos”, disse Iran.
Situação de Aracaju
Mesmo não tendo a base dos professores filiada ao Sintese, a política de educação do município de Aracaju foi também avaliada pelo Vereador Iran Barbosa. De acordo com o parlamentar, que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal da Capital, a realidade educacional do município, em 2017, não difere muito da maioria dos municípios sergipanos. “A avaliação que faço da política educacional do município de Aracaju é que não é boa. Tivermos um ano muito difícil em relação à educação. Em 2017, não tivemos o pagamento do reajuste anual do valor do piso salarial do magistério; tivemos problemas com atrasos no pagamento dos professores ativos e aposentados; e não tivemos o resgate da gestão democrática, entre outros graves problemas”, elencou o parlamentar.
Ainda segundo Iran Barbosa, na gestão de Edvaldo Nogueira (PCdoB), até o mês de outubro, foram aplicados apenas 15,37% dos impostos e transferências na educação, quando a legislação manda aplicar, no mínimo, 25%. “Lembremos que, no ano que vem, esse mínimo será de 28%, e não será só dos impostos, mas de todos os tributos. E os problemas não afetaram só os educadores, os demais servidores públicos também não tiveram a revisão salarial anual assegurada pela Constituição Federal, mesmo com o comprometimento da Receita Corrente Líquida estando em apenas 46,89%, no fechamento do quinto bimestre, quando poderia chegar a 54%. Ou seja, não houve vontade política em resolver os problemas e valorizar professores e demais servidores”, lamentou o petista.
“Mas, sejamos otimistas. Que 2018 seja melhor que 2017. Nós merecemos porque trabalhamos, produzimos a riqueza intelectual deste Estado e queremos ver o resultado disso transformado em valorização para a nossa profissão e para a nossa categoria”, disse Iran, desejando um feliz ano novo para todo o povo sergipano e aracajuano.
Por George W. Silva, Assessoria de Imprensa