A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de novembro com alta de 0,95%, ante um avanço de 1,25% em outubro, informou na manhã desta sexta-feira (10/12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou próximo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,94% e 1,18%, com mediana positiva de 1,10%. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 9,26%, de acordo com o IBGE. Em 12 meses, o resultado foi de 10,74%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 10,40% a 10,99%, com mediana de 10,90%.
Conforme dados do IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em novembro e a maior variação, de 3,35%, veio dos Transportes, que respondeu por 76% do índice do mês, com impacto de 0,72 ponto percentual no IPCA. A gasolina deu a maior contribuição individual, de 0,48 ponto percentual, depois de subir 7,38%, mantendo-se como o maior vilão da inflação no mês. No acumulado em 12 meses, o combustível acumula alta de 50,78%.
Outros combustíveis também tiveram reajustes em novembro. O etanol subiu 10,53%, o óleo diesel, 7,48%, e o gás veicular, 4,30%. Os preços dos automóveis novos e usados, com altas de 2,36% e de 2,38%, respectivamente, aceleraram em relação a outubro, quando a variação foi de 1,77% e 1,13%.
A segunda maior contribuição para a alta do IPCA de novembro veio do grupo Habitação, com alta de 1,03% no mês e impacto de 0,06 ponto percentual no IPCA. O destaque ficou com a energia elétrica, com variação de 1,24%, devido à manutenção da bandeira escassez hídrica, que aumenta a conta de luz em R$ 14,20 para cada 100 kWh consumidos.
O gás encanado teve alta de 2%, devido, principalmente, ao reajuste de 6,90% das tarifas no Rio de Janeiro, de 6,30% desde 1º de novembro. Outro item que contribuiu para inflação do grupo foi o gás de botijão, com variação de 2,12% no mês, contribuindo com 0,03 ponto percentual na alta do IPCA. No acumulado em 12 meses, o gás de cozinha registra elevação de 38,88% .
Entre as variações negativas, o destaque ficou com as passagens aéreas, que registraram queda 6,12%, após as altas de 28,19%, em setembro, e de 33,86%m em outubro, de acordo com o IBGE,. As passagens de ônibus urbano tiveram variação negativa de 0,05%, decorrente do recuo de 12,50% nos preços das passagens em Rio Branco.
O grupo Alimentação e bebidas também teve variação negativa em novembro, com queda de 0,04%. Esse resultado foi puxado pelo recuo de 0,25% na alimentação fora do domicílio, que foi influenciado pela queda de 3,37% no subitem lanches. Na alimentação no domicílio, houve quedas nos preços do leite longa vida, de 4,83%; do arroz, de 3,58%; e das carnes, de 1,38%. Por outro lado, os preços da cebola e do café moído tiveram altas de 16,34% e de 6,87%, respectivamente.
Entre as 16 capitais pesquisadas, apenas a região metropolitana de Belém registrou queda. A variação negativa de 0,03% foi influenciada, principalmente, pelas quedas de 6,51% dos itens de higiene pessoal de de 1,92% da energia elétrica.
Fonte: O Estado de Minas , via Estadão Conteúdo