O promotor de Justiça, Luís Fausto Valois, foi entrevistado na TV Alese nessa terça-feira (25), quando propagou a campanha do Ministério Público Estadual (MPE), mais precisamente da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial, de combate à Intolerância Religiosa, por cotas no serviço público e combate ao racismo.
Ao fazer a exposição da campanha, o promotor explicou que a Procuradoria-Geral de Justiça enviou para os diversos setores do MPE algumas sugestões para trabalhos compartilhados com a Comunicação. “Nós decidimos focar na questão do racismo, do sistema de cotas e da intolerância religiosa. Infelizmente no País, e aqui em Sergipe para ser mais preciso, tem sido comum a interrupção de cultos religiosos de matriz africana e a apreensão de instrumentos como o atabaque”.
Segundo o promotor é preciso conscientizar a população e estabelecer o respeito aos símbolos religiosos. “A bíblia, o alcorão e os símbolos budistas, por exemplo, merecem o mesmo respeito. É preciso aceitar e respeitar a opção religiosa de cada cidadão. A Constituição Federal estabelece o direito de liberdade de escolha, de consciência e exercer a sua fé”.
Fausto Valois enfatizou que a campanha está em sintonia com a Comunicação do MPE que elaborou spots, mídias eletrônicas, redes sociais e material impresso que está sendo afixado nos prédios do Ministério Público e nos prédios que nos permitam que possamos afixar este material”.
Sobre o racismo, o promotor de Justiça lamentou que o preconceito ainda esteja arraigado na sociedade como um todo. “Infelizmente o racismo ainda é uma realidade não apenas em Sergipe, mas no mundo. Isso ainda persiste no dia a dia da nossa sociedade, templos religiosos sendo incendiados, instrumentos sendo apreendidos. Nosso trabalho com essa campanha é procurar conscientizar as pessoas, até porque existe o Estatuto da Igualdade Racial reprimindo qualquer preconceito”.
Da Agência de Notícias Alese