Procedimento ocorreu a partir de uma solicitação familiar e marcou um fato inédito nas dependências da maternidade
Nesta quinta-feira, 17, o Hospital e Maternidade Santa Isabel registrou um fato inédito: a realização de uma coleta de células-tronco da placenta logo após o nascimento de um bebê. O procedimento foi solicitado pela mãe da criança, como parte de uma iniciativa pessoal, e aconteceu nas instalações da maternidade.
Karla Cristina, mãe do recém-nascido, vive uma jornada delicada desde 2020, quando seu filho mais velho foi diagnosticado com leucemia. Após um longo tratamento, ele entrou em remissão, fase em que a doença não apresenta sinais ativo. No entanto, em dezembro de 2024, a doença apresentou uma recaída, exigindo a retomada das sessões de quimioterapia.
Com o reinício do tratamento, a família iniciou o processo de cadastro da criança no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), que conecta pacientes a possíveis doadores compatíveis em todo o país. Durante esse período, Karla descobriu uma nova gestação, e com ela, uma renovação de esperança.
“Algumas pessoas que conheciam a história dele me falaram da coleta pelo cordão, e começaram a me ajudar com isso… e hoje estamos aqui, no dia que Calebe vai nascer, e iremos fazer essa coleta”, relatou Karla, emocionada.
A coleta de células-tronco do cordão umbilical e da placenta pode ser utilizada em possíveis tratamentos, como o transplante de medula, quando há compatibilidade genética entre irmãos.
Embora não integre os serviços prestados pela instituição, o procedimento foi viabilizado dentro da estrutura do hospital, a partir de uma organização externa à unidade. A ação reforça o compromisso do Santa Isabel com o acolhimento, o cuidado humanizado e o respeito às decisões das famílias.
Por Marielle Rocha