O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou neste sábado (10), na cerimônia em que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega, que a guerra em seu país “terminou”.
“Após seis anos de intensas e difíceis negociações, posso anunciar ao mundo com profunda humildade que o povo da Colômbia está fazendo o possível e o impossível. A guerra que causou tanto sofrimento e angústia a nossa população terminou”, disse Santos após receber o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (R$ 2,9 milhões).
Ele doará o prêmio às vítimas do conflito, que em cinco décadas deixou 220 mil mortos e forçaram mais de 6 milhões de pessoas a fugir, segundo os dados oficiais. Sete vítimas da guerra estiveram presentes na cerimônia, entre elas a ex-candidata à presidência Ingrid Bittencourt, que foi sequestrada e ficou seis anos sob poder de guerrilheiros.
Santos recebeu o Prêmio Nobel ainda que um primeiro acordo de paz entre seu governo e as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) tenha sido rejeitado pelo povo colombiano em um referendo realizado no início de outubro.
Um novo acordo para encerrar o conflito, assinado entre o governo colombiano e as Farc, foi ratificado no início deste mês pelo Parlamento colombiano, e Santos anunciou que o novo texto não será submetido a consulta popular.
Nenhum representante das Farc compareceu à cerimônia do Prêmio Nobel da Paz, sob a alegação de impedimentos legais. À época do anúncio de Santos como vencedor, o líder do movimento guerrilheiro, Timoléon Jiménez, cumprimentou o presidente colombiano por seus esforços de paz.
*Com informações das Agências Telam e France Presse