Funcionários da BR Distribuidora iniciaram segunda-feira (15), greve contra a privatização de parte da empresa, subsidiária da Petrobras. Com uma rede de 7,5 mil postos, a paralisação das atividades por cinco dias pode afetar o abastecimento de combustíveis.
Nas negociações da nova política econômica, a Petrobras, presidida por Pedro Parente, vendeu, no fim de julho, o primeiro campo do pré-sal, o de Carcará, e ofereceu no mercado a BR Distribuidora, a maior do País, com peso decisivo na receita do grupo.
Só nesta quarta-feira (17) foi que o Sindipetro SE/Al resolveu pela paralisação nas BR Distribuidora de Sergipe, nas cidades de Carmópolis e no T. Carmo em Aracaju. Até meio dia algumas transportadoras conseguiram encher tanques para distribuição, mas, a partir daí, não houve mais atendimento, em razão da paralisação dos trabalhadores.
Segundo um dos diretores do Sindipetro, Gildo Pereira, com a greve dos funcionários há um risco da falta de abastecimento do combustível nos postos da ‘BR’ de Aracaju e em cidades do interior, dentro de mais 20 horas ou menos.
Sindipetro – Segundo o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), entidade que apoia a greve, os trabalhadores também pararam as atividades nos estados de Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Na capital baiana, o Sindipetro também alerta para a possibilidade de faltar combustível, nos próximos dias, porque uma das principais distribuidoras da cidade está com trabalhadores parados.
O Sindpetro listou os principais motivos pelos quais a privatização pode ser ineficaz no Brasil. A entidade destaca, entre outros fatores, a função estratégica e social da empresa para o país, o abastecimento de combustíveis e butijões de gás de cozinha, a competitividade de preços, a assistência técnica a indústrias nacionais, a regulação de preços do mercado, entre outros.
Em nota, no entanto, a empresa garantiu que isso não deverá ocorrer. “A Petrobras Distribuidora informa que adotou as providências necessárias para garantir o suprimento de combustíveis com segurança a sua rede revendedora e demais clientes”.
Fonte: Munir Darrage/Portal Faxaju