
O dia 30 se outubro de 2019 na Assembleia Legislativa entra para a história como um dos dias mais esdrúxulos da política sergipana.
O dia começou com os professoras e professores que estão em sala de aula tendo a entrada barrada nas galerias da Assembleia Legislativa. Isso porque o governo Belivaldo Chagas esvaziou a seduc e escolas trazendo cargos comissionados e diretores de escolas para ocupar as galerias.
“Pela primeira vez desde a redemocratização do país que os professores e professoras são impedidos de entrar na Assembleia Legislativa. Isso é um desrespeito com aqueles que estão no chão da escola” afirmou a presidenta do Sintese, professora Ivonete Cruz.
Quando os projetos do SAESE e da Alfabetização pra Valer chegaram às comissões, a manobra foi ainda mais vexatória. Na comissão de Educação, o projeto do SAESE teve 4 votos contrários e 2 favoráveis. Com isso o projeto seria rejeitado. O presidente da comissão chegou a anunciar o resultado, mas percebendo que tinha perdido, o governo acionou os aliados na comissão (e até mesmo fora dela) para vencer “no tapetão”, pois no final o projeto foi aprovado por 5 votos a 4, mas esse resultado seria impossível, pois a comissão é composta por sete membros, mesmo que o presidente usasse seu voto como membro da comissão e o de minerva como presidente a votação chegaria no máximo a 8 votos.
Mais uma vez é mostrado como o legislativo estadual se rende aos ditames do governador de plantão.
“Foi uma situação vexatória, o governo usou de todas as manobras possíveis e até imaginárias para empurrar de goela abaixo projetos que não vão resultar na melhoria da Educação. Com as escolas sucateadas, magistério desvalorizado, precariedade na alimentação e no transporte escolar não será uma avaliação que trará uma Educação de qualidade”, finaliza professora Ivonete.
Fonte: Sintese