O evento teve como foco avaliar a conjuntura e os reflexos dos direitos de cada cidadão para ter uma alimentação saudável
Mais de 240 profissionais da capital e do interior estiveram reunidos nesta quarta-feira, dia 31, na edição de 2018 da Conferência Estadual +2 de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento aconteceu no auditório de Estado da Mulher, da Inclusão e da Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) e teve como foco avaliar a conjuntura e os reflexos dos direitos de cada cidadão para ter uma alimentação saudável.
Promovido pelo Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consean) em parceria com a Seidh, a Conferência debateu, também, os desafios para levar e garantir comida à população através do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e na Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Pesan).
“Discutimos o processo para o fortalecimento das Políticas Públicas e os riscos de violações de direitos aos grupos mais vulneráveis, a exemplo das comunidades quilombolas, indígenas, entre outros. O mais importante é ofertar toda a assistência aos municípios colocando em prática as políticas”, destacou Lucileide Rodrigues, diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Seidh.
A Conferência contou com representantes da Central de Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Sergipe de Moita Bonita (Centrafes), Cooperativa Nordestina (Coopernodestina), Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade Federal de Sergipe (Osanes/UFS), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado de Sergipe (Caisan), e outras entidades.
De acordo com Sílvia Maria, coordenadora do Observatório de Segurança Alimentar da UFS, a Conferência foi um momento de fortalecimento das discussões fossem fortalecidas e ampliadas. “É preciso que os conselheiros sempre apontem as dificuldades encontradas nos últimos anos para implementar o que saiu da última Conferência e as potencialidades, com o objetivo de ampliar o debate no estado”, disse.
José Ramalho, analista técnico do Sebrae, contou que vem acompanhado diversos públicos de todo o Estado ligados a empreendimentos da economia solidária e agricultura familiar. “Esse público está relacionado aos agricultores e fornecedores de comunidades e entidades que precisam de alimentos para nutrição. O papel do Sebrae é auxiliar na questão da ficha técnica, nas boas práticas de fabricação, rotulagem, teste de prateleira, embalagem e na logomarca desses produtos que serão encaminhados para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), também o Penac, direcionado à alimentação escolar, gerando renda para os pequenos produtores e proporcionando segurança alimentar para essas entidades e grupos carentes”, pontuou.
Para a presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Carivalda Ribeiro, “é preciso garantir os direitos de todos os povos e comunidades, dando acesso a uma comida de verdade. Segurança Alimentar não é feita apenas com fiscalização. É feita com ações e Políticas Públicas voltadas para isso, além de ações e estratégias cada vez mais fortalecidas para a sociedade”.
O secretário Zezinho Sobral explicou que a gestão da Seidh ampliou os canais de escoamento da agricultura familiar, fomentando as compras institucionais e inaugurando três novas Feiras da Agricultura Familiar (Sementeira, Santa Luzia e UFS São Cristóvão). Ao todo, são 23 pontos em 18 municípios.
“Sergipe tem 500 produtores atuando na Feira de Agricultura Familiar! Quanto mais produtores tivermos, mais equilíbrio e desenvolvimento teremos. Desde 2007, no início do governo de Marcelo Déda, começamos um trabalho com as cooperativas de agricultura familiar e da economia solidária. Acredito no fortalecimento da agricultura familiar e daremos sempre todo o apoio. O Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Seidh tem feito um trabalho extraordinário, alcançando todos os públicos”, afirmou Zezinho Sobral.
Agência Sergipe de Noticias