Em Sergipe, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 foi de 776.118 toneladas. Como a safra de 2020 registrou uma produção de 883.838 toneladas, esta estimativa representa uma redução anual de 12,2% e mensal de 16,2%. Já a estimativa da área é de 170.656 hectares, 4% maior do que em 2020, mas 2,2% menor na comparação com a estimativa do mês de julho.
Na comparação com as outras unidades da federação, as variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (126 625 t), em Alagoas (26 163 t), no Maranhão (18 810 t), no Amapá (8 146 t), em Rondônia (5 777 t), no Acre (1 653 t), no Espírito Santo (1 079 t) e no Rio de Janeiro (20 t). Já as variações negativas ocorreram no Mato Grosso do Sul (-1 891 415 t), no Paraná (-1 085 000 t), em Minas Gerais (-854 789 t), no Piauí (-375 486 t), em Sergipe (-150 373 t), no Ceará (-130 485 t), na Bahia (-79 500 t), em Pernambuco (- 5 005 t) e no Rio Grande do Norte (-2 604 t).
Neste aspecto, a estimativa da produção de milho para 2021 decaiu de 885.422 toneladas em julho para 732.123 toneladas em agosto, o que representa uma redução mensal de 17,3% e de 13,6% no ano. O rendimento médio também apresentou uma queda na variação mensal de 15,6%. Neste aspecto, Sergipe está entre as unidades da federação que apresentaram reduções nas estimativas de produção com maior impacto. Dentre os estados, podemos destacar também o Piauí (-33%), Minas Gerais (-26,5%) e a Bahia (-11,3%).
Segundo Hellie Mansur, supervisora da pesquisa em Sergipe, “a queda na produtividade do milho se deu por conta da estiagem, ou seja, da falta de chuvas em um momento de desenvolvimento da planta”. Além do milho, a 2ª safra de feijão também apresentou uma redução em sua estimativa de produção, variando de 3.775 toneladas em julho para 1.829 toneladas em agosto, uma redução de 51,5%.
Em relação à safra de 2020, que foi de 3.277 toneladas, a redução anual é de 44,2%. De julho para agosto, o rendimento médio teve uma redução de 36%, assim como estima-se queda nas áreas de plantação em mais de 20%. Já o arroz em casca teve um aumento na estimativa de produção em 13,7%, chegando a 40.454 toneladas em agosto.
De acordo com Hellie, o aumento na estimativa da produção do arroz se dá pela expansão de sua área, em 12,5%. “Muitas áreas que plantavam somente uma safra, passaram a plantar duas safras. Isto foi estimulado também pelo preço do arroz, que está favorável para os agricultores”, comenta.