A Seduc Sergipe distribuiu cerca de quatro toneladas de itens alimentícios durante o primeiro semestre de 2023
A alimentação escolar dos estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino de Sergipe é distribuída em todas as 318 unidades escolares de forma transparente, planejada e organizada. Segundo a diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Secretaria de Estado da Educação (DAE/Seduc), Lucileide Rodrigues, da mesma forma que foi realizado no primeiro semestre, todos os alunos das escolas estaduais são atendidos e têm a alimentação garantida neste segundo semestre de 2023.
“Trabalhamos para otimizar o controle, a distribuição e o trabalho das merendeiras e das equipes de alimentos, além de promover maior transparência no envio dos itens alimentícios em tempo hábil para todas as escolas da Rede Estadual de Ensino. Dessa forma que são entregues os itens alimentícios através do Sistema de Alimentação Escolar (Saesc), um sistema de gestão que estabelece as diretrizes do processo junto às diretorias regionais de educação (DREs), Diretoria de Educação de Aracaju (DEA) e os fornecedores e monitorado pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE)”, pontua.
Para compreender as necessidades de cada unidade escolar e definir o calendário de alimentos a serem distribuídos no volume nutricional adequado, Lucileide explica que a ferramenta auxilia em todo o processo, desde a pesquisa realizada pela equipe de nutricionistas até a chegada e retirada dos alimentos às escolas.
“O sistema operaciona o fluxograma da alimentação escolar. Nele, são inseridos os programas e o cardápio a ser seguido e servido, elaborado pelos nutricionistas e apreciado pelo Conselho. Por meio dele, além das visitas de rotina, a equipe técnica do DAE acompanha todas as escolas, cujos estoques são frequentemente inspecionados e organizados”, detalha a gestora.
“É um sistema próprio da Seduc, cuja base de dados também é lançada pelas escolas e fornecedores. A função do Saesc é proporcionar eficiência e qualidade na distribuição da alimentação entre as escolas. Os resultados no primeiro semestre foram positivos e houve avanços no monitoramento e no controle da alimentação escolar entregue para o cumprimento do cardápio nas unidades, prezando segurança alimentar e nutricional dos nossos alunos”, complementa.
Na opinião do secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, garantir a alimentação escolar do aluno é obrigação e a Seduc tem cumprido todos os compromissos. “Toda escola possui o seu cardápio próprio, respeitando a regionalidade, o gosto do aluno e a criatividade das merendeiras. As despensas estão abastecidas e gerenciadas pelo sistema do DAE, que é muito importante para que seja feita a melhor distribuição dos alimentos nas unidades de ensino e controlar o estoque dos produtos. É modernização, eficiência e transparência no serviço de alimentação escolar. O DAE consegue visualizar a quantidade de estoque, faz os cálculos que precisam ser supridos e enviados posteriormente. A tecnologia é uma aliada da educação e da alimentação escolar, porque mantém o estoque atualizado, evita desperdício e promove agilidade na distribuição dos itens”, aponta.
O sistema facilita todo o processo e ajuda quem operacionaliza. Lenildes Menezes Santos, coordenadora administrativa e financeira (CAF) e responsável técnica pela gestão do sistema no Centro de Excelência Governador Augusto Franco, em Aracaju, ressalta a importância dessa plataforma. “É um sistema completo, muito bem elaborado, que nos dá a oportunidade de organizar quanto ao recebimento dos itens, qual é a orientação de cardápio e toda a alimentação que vai ser ofertada durante a semana. O sistema ajuda a fazer o cardápio semanal, porque nós já sabemos o que vai chegar. Já temos uma previsão do que teremos e ele avisa até o vencimento do produto. Além disso, tem prazos de chegada, para dar baixa no sistema e informar que a escola recebeu um certo tipo de produto em um dia, e depois disso o sistema deixa registrado o que a escola recebeu com data e hora, prevê quando vai precisar repor os produtos”, diz.
Camarão na alimentação
Em 2023, a grande novidade foi a oferta do camarão na alimentação escolar, inicialmente em 42 centros de excelências de Aracaju, região sul e baixo São Francisco. A ação tem por objetivo promover uma alimentação escolar diversificada, garantindo a segurança alimentar e nutricional de mais de 20 mil estudantes. Além disso, a aquisição desses gêneros alimentícios serve de incentivo para a produção agrícola local, para o desenvolvimento dos municípios produtores do crustáceo e fortalecer a agricultura familiar de Sergipe e comercializar os produtos agropecuários por meio da compra direta e geração de renda.
“O programa Filé de Camarão na Alimentação Escolar foi planejado para o atendimento às unidades integrais da DEA e das DREs 1 e 6 inicialmente por serem regiões de grande produção do produto, respeitando a regionalização dos hábitos alimentares e faixa etária dos alunos. O camarão é um alimento típico de Sergipe, além de ser altamente nutritivo, rico em vitaminas do complexo B e ômega 3, que auxiliam no desenvolvimento, aprendizado e outras funções cognitivas”, explica a diretora Lucileide Rodrigues, que é engenheira de alimentos. “Os cardápios que têm filé de camarão serão ofertados quinzenalmente”.
A aquisição desses gêneros alimentícios serve de incentivo para a produção agrícola local e para o desenvolvimento dos municípios produtores do crustáceo. O projeto Filé de Camarão na Alimentação Escolar é fruto de investimento na ordem de R$ 609.119,10.
“Vale ressaltar que as unidades fazem o controle da oferta e da preparação mediante os Termos de Consentimento dos Pais ou Responsáveis Legais, que autorizam o consumo do camarão. Assim como todos os itens distribuídos para abastecer as cozinhas das escolas, o camarão também tem processo de distribuição por meio do Saesc, monitorado pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE)”, reforça a gestora.
Formação continuada para os merendeiros
Com o propósito de qualificar os manipuladores de alimentos para a produção segura de refeições nas escolas públicas estaduais, a nutricionista responsável técnica e coordenadora da ação formativa, Dayanne Kamylle de Souza Marques, do DAE/Seduc, ministrou a capacitação em questão de forma remota, por meio da exposição de videoaulas, conteúdo teórico, fórum de dúvidas e aplicação de atividades.
O curso foi direcionado aos 1.640 merendeiros vinculados à Rede Estadual de Ensino, contemplando todas as diretorias regionais de educação (DREs) e suas unidades escolares. “A capacitação proporcionou aos manipuladores que participaram efetivamente do curso conhecimento a respeito de temas essenciais na alimentação escolar, exigidos pelas legislações vigentes, além de esclarecer eventuais dúvidas referentes aos conteúdos ministrados, mostrando a importância da adoção de boas práticas nas áreas de manipulação e armazenamento de alimentos”, sintetizou.
Por Ascom/Seduc