Duas equipes de alunos do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, em Aracaju, participaram da fase final da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), ocorrida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no estado de São Paulo, nos dias 24 e 25 de agosto.
Em sua 16ª edição, a ONHB teve como tema ‘Cultura Material’. No total, foram mais de 51,2 mil equipes inscritas, o que gerou um montante de mais de 180 mil participantes, tanto de escolas públicas, quanto de escolas particulares, de todas as regiões do Brasil. Após cinco fases realizadas na modalidade on-line, duas equipes (Ensino Médio e Fundamental) do Portela conseguiram chegar à grande final, que ocorreu presencialmente na Unicamp. Das mais de 50 mil equipes registradas, apenas 322 chegaram à final, representando 0,6% do total de participantes.
Segundo o professor de História Luiz Rafael dos Santos Andrade, que acompanhou as duas equipes classificadas na final, a olimpíada tem um alto grau de dificuldade, tendo em vista suas fases semanais que são desgastantes, seu nível de conhecimento e extensa concorrência para chegar à final. “Foi uma surpresa chegar à final. E a partir do momento em que recebemos o resultado, deu-se início a uma preparação para esse momento. Os alunos fizeram simulados semanalmente, no qual escreviam dois ou mais textos dissertativos sobre o assunto. Além disso, tivemos reuniões periódicas para correção, leitura e discussão do tema”, conta Rafael.
Para ele, foi um feito enorme chegar até a final e colocar a bandeira de uma escola pública de Sergipe ao lado dos melhores estudantes de História do país. “Ficamos com o quarto lugar e ganhamos a medalha de cristal. Chegamos perto do bronze, e com a sensação de que vamos nos preparar melhor estruturalmente para trazer o ouro para Sergipe em edições futuras”, disse o professor.
Olimpíada Nacional de História do Brasil
A Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) é uma olimpíada de conhecimento elaborada pelo Departamento de História da Unicamp, tendo sua primeira edição realizada em 2009. Foi criada com o objetivo de promover, no campo das Ciências Humanas, uma atividade que estimula o conhecimento e o estudo, desperta talentos e aptidões e, fundamentalmente, envolve os participantes em atividades de desafio construtivo.
Ana Luisa Alves Abud, aluna da 3ª série e componente de uma das equipes finalistas, contou que as provas realizadas durante as fases on-line não foram nada fáceis e exigiam muito debate entre o grupo. “Em uma das fases nos deparamos com uma paleografia, que é o estudo da escrita antiga, quando tivemos que desvendar palavra por palavra para conseguirmos passar de fase. Realmente, foi uma das tarefas mais difíceis que fizemos”, disse.
A aluna do Petrônio Portela afirma ainda que ter a chance de representar seu estado, e pela primeira vez sua escola, é sua maior realização. “Foi uma competição a que pouquíssimos colégios públicos conseguiram chegar, e pela primeira vez na história do estado de Sergipe houve duas equipes do mesmo colégio. Vivi e respirei a ONHB do início ao fim e faria tudo de novo. Espero incentivar todos do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela a representarem Sergipe com orgulho na final. Sem os professores, nossa diretora, comitê pedagógico e toda a equipe Portela nada seria possível. Eles arquitetaram tudo brilhantemente e conseguiram”, conta Ana Luisa.
Eliana Vitória Guimarães Nabuco Lins, também componente da equipe do Ensino Médio, conta que participar da final foi uma experiência incrível. “Tive a oportunidade de conhecer uma universidade do porte da Unicamp e de estar em uma final tão difícil e concorrida como essa. Nos esforçamos muito e contamos com o apoio dos professores Rafael, Priscilla e Tatiane, que foram incríveis e não pouparam esforços para que estivéssemos o mais preparados possível”, diz a aluna. “Acho importante citar que a gestão e todo o colégio nos incentivaram muito e vibraram conosco em cada fase conquistada, e isso fez toda a diferença. Além disso, gostaria de agradecer ao Governo do Estado, em especial à Secretaria de Educação, por todo o apoio financeiro que nos permitiu ir a Campinas”, finaliza.
Fonte: ASN