quarta-feira, 3, setembro/2025
Sergipe Mais
  • Início
  • Regiões
    • Capital
    • Municípios
    • Brasil
    • Mundo
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Educação
  • Esporte
  • Saúde
  • Cultura
  • Concursos
  • Contato
No Result
View All Result
  • Início
  • Regiões
    • Capital
    • Municípios
    • Brasil
    • Mundo
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Educação
  • Esporte
  • Saúde
  • Cultura
  • Concursos
  • Contato
No Result
View All Result
Sergipe Mais
No Result
View All Result
Home Brasil

Entenda como IOF mais caro pressiona custo do crédito e afeta bolso do brasileiro

18 de julho de 2025
in Brasil, Economia
0
Entenda como IOF mais caro pressiona custo do crédito e afeta bolso do brasileiro
Share on FacebookShare on Twitter

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) voltou aos holofotes após decisão do ministro Alexandre de Moraes em validar, em parte, a eficácia dos decretos sobre aumento da alíquota para 3,5%. No entanto, o que poderia soar como um tema restrito a investidores ou grandes transações financeiras, na verdade, também afeta o bolso do brasileiro comum e pode abrir margem para insegurança jurídica com a aplicação retroativa da medida.

Carlos Honorato, professor da FIA Business School, destaca que o IOF é um tributo “silencioso”, que pesa sobre o cotidiano financeiro dos brasileiros. “Por ser cobrado diretamente por instituições financeiras e com alíquota fixa, sua natureza regressiva faz com que atinja com mais intensidade quem tem menos renda — justamente quem mais depende de crédito”.

Honorato diz que o imposto está embutido em transações corriqueiras como compras parceladas no cartão de crédito, aquisições internacionais, câmbio, remessas e até investimentos de curto prazo. Ele alerta que o efeito se amplifica em situações onde há menor transparência. “Como no cartão de crédito internacional, onde o imposto é somado à cotação do dólar sem destaque. O contribuinte, muitas vezes sem saber, paga mais caro pelo simples fato de usar o sistema financeiro”.

Impacto do IOF a 3,5%

A elevação da alíquota para 3,5% representa uma mudança relevante no custo de operações rotineiras. O professor da FIA Business School exemplifica que, para uma compra US$ 1 mil no cartão, o impacto é marginal (apenas R$ 6), mas numa remessa de R$ 10 mil o custo adicional ultrapassa R$ 240. “O salto é ainda mais abrupto quando se considera a alíquota anterior de 1,1% para compras em espécie — nesse caso, a alta representa mais do que o triplo”.

Embora o consumidor médio sinta pouco no dia a dia, empresas importadoras, viajantes frequentes, estudantes internacionais e plataformas de pagamento enfrentam uma pressão de custos relevante. “Isso pode, inclusive, alimentar repasses de preços e pressões inflacionárias. O IOF, nesse contexto, funciona como um freio silencioso ao acesso global — e, em última instância, à liberdade financeira do cidadão”, avalia.

Diego Perez, presidente da ABFintechs, por sua vez, reforça que o consumidor final é quem, de fato, paga a conta de medidas como essa. “Embora o recolhimento do imposto seja feito pela instituição financeira, o contribuinte é o cliente. Ou seja, é ele quem, na prática, arca com o tributo. Não há como escapar: esse valor é incorporado ao custo da operação”.

Segundo ele, essa elevação da carga do IOF aumenta o custo do crédito e tende a restringir a oferta de produtos financeiros, o que poderá dificultar o acesso da população a esses serviços. Além disso, Perez alerta que o impacto vai além das camadas mais favorecidas da sociedade.  “O aumento do IOF não interfere diretamente no custo operacional de quem oferece o serviço, mas pesa para o cliente, o que pode reduzir a demanda. A população de menor renda também será impactada, pois o imposto incide sobre o uso de produtos financeiros recorrentes”.

Efeitos retroativos

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) também trouxe dúvidas por ter efeitos retroativos a 11 de junho, quando o decreto presidencial foi publicado. Perez avalia que essa retroatividade pode gerar passivos tributários para clientes fizeram uso dessas operações financeiras e agora estarão sujeitas a legislação vigente no período em que o decreto estava suspenso.

O professor Honorato concorda que o período entre a revogação do Congresso e a confirmação posterior pelo STF pode ter dado margem para um terreno jurídico instável. O risco está em cobranças retroativas em remessas internacionais, compras com cartão ou aquisição de moeda realizadas entre 11 e 26 de junho — período no qual o decreto vigorou antes de ser suspenso. “Os valores, isoladamente, podem parecer pequenos, mas em volume ou em casos específicos, como quem enviou recursos para pagar cursos no exterior, o impacto é real”.

Até o início da tarde dessa quinta-feira (17) ainda havia o temor sobre os efeitos retroativos às instituições financeiras e fintechs, que deixaram de recolher esses valores, incluindo ajustes contábeis e risco de penalidades por recolhimento a menor. Contudo, por meio de nota, o Fisco afirmou que as instituições que não realizaram a cobrança do IOF durante a vigência das decisões que suspenderam o decreto não são obrigadas a fazer o recolhimento retroativo.

“A Receita Federal irá avaliar a situação em relação aos contribuintes e manifestar-se oportunamente, buscando evitar surpresa e insegurança jurídica na aplicação da lei”, diz o comunicado.

Ainda assim, a ABFintechs frisa que segue monitorando os desdobramentos do IOF. “Reconhecemos que o ministro Alexandre de Moraes considerou constitucional a elevação das alíquotas, mas foi uma decisão monocrática, ainda pendente de referendo no plenário do STF”, afirma o presidente da associação.

Perez lembra que ainda há margem para questionamentos, mas que não se sabe se os autores das ações que motivaram a análise da Corte — como os partidos políticos e a própria Advocacia-Geral da União (AGU) — irão apresentar recursos à decisão.

Fonte: InfoMoney

Notícias Relacionadas

Produção industrial recua 0,2% em julho e acumula efeitos do juro alto

Senado aprova proposta que altera a Lei da Ficha Limpa e muda prazos para inelegibilidade

Lula diz que STF não deve temer EUA e espera que justiça seja feita

Agronegócio fomenta fortuna de quase 40 bilionários brasileiros

Tarcísio telefona para Hugo Motta para tratar de anistia, que não dá sinais de apoio

Redução da jornada de trabalho para 36 horas entra em debate na CCJ

  • Home
  • Contato

No Result
View All Result
  • Início
  • Regiões
    • Capital
    • Municípios
    • Brasil
    • Mundo
  • Política
  • Economia
  • Polícia
  • Educação
  • Esporte
  • Saúde
  • Cultura
  • Concursos
  • Contato