
A infecção bacteriana pode acarretar em problemas maiores para mulheres e crianças quando não tratada da maneira correta
O terceiro sábado de outubro é o Dia Nacional de Combate à Sífilis e a Sífilis Congênita. Se trata de uma infecção bacteriana geralmente transmitida pelo contato sexual, podendo também ser repassada para o feto quando a mulher gestante é portadora. A sífilis é uma doença curável, porém, quando não tratada da maneira adequada, pode acarretar órgãos e sistemas do corpo, por isso a importância de conscientizar a população para a prevenção e diagnóstico precoce.
De acordo a enfermeira Tatiane Melo, que faz parte da área técnica da Sífilis na Coordenação de IST da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a sífilis na gravidez pode ter complicações severas, como abortamento ou nascimento prematuro.
“As complicações para a criança podem acontecer de maneira precoce, com sintomas nos primeiros dois anos de vida, ou de maneira tardia, nos demais anos. E a criança pode nascer e depois vir a falecer”, destaca Tatiane.
A sífilis possui três estágios: primário, secundário, e latente recente, tardia ou terciária. “O estágio primário é quando a pessoa tem a relação sexual desprotegida e aparece uma ferida única, indolor, que pode passar despercebido. Essa ferida é acompanhada de íngua, na região pélvica onde apareceu a ferida. Ela vai cessar sozinha, independente se a pessoa fizer tratamento ou não. Depois pode vir a sífilis secundária, com o aparecimento de manchas no tórax, no pé, e sem apresentar coceira, mas podendo vir associadas com outros sintomas, como febre, dor de cabeça, mal estar”, explica a enfermeira.
A fase secundária pode entrar para o próximo estágio, que é a latente recente, onde os sintomas só se manifestarão um ano depois que a bactéria se instalou, ou seja, fica adormecida. Já a latente tardia, como o próprio nome diz, os sintomas se manifestarão com mais de um ano.
“A sífilis latente terciaria é a forma mais grave da doença, que vai acometer órgãos, sistemas do corpo, principalmente cardiovasculares e neurológicos, por isso a importância de um diagnóstico precoce, que pode ser feito através do teste rápido disponível nas Unidades Básicas de Saúdede (UBS) ou no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju do Siqueira Campos”, alerta Tatiane.
O principal meio de prevenção contra sífilis é o uso de preservativos, como camisinhas. “As mulheres que estão pensando em engravidar, é importante fazer o exame antes, porque se descobrir a doença, poderá tratar. Lembrando que se a mulher tem sífilis, não adianta só ela fazer o tratamento, as parcerias sexuais precisam também fazer, porque não se adquire imunidade. Se uma pessoa pegou uma vez, ela pode pegar novamente”, disse a enfermeira.
Da redação do JC Online