Na sessão desta quarta-feira (6), a vereadora e prefeita eleita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), utilizou o pequeno expediente da Câmara Municipal para expressar sua insatisfação e preocupação em relação à suspensão da licitação do transporte público da cidade. A licitação foi interrompida pela Justiça a pedido do Ministério Público, que apontou irregularidades e descumprimento de critérios essenciais.
Em seu pronunciamento, Emília enfatizou o impacto que essa situação pode ter na população, destacando o tempo que levará para resolver o impasse. “Estou preocupadíssima com a situação do transporte público. Com a suspensão da licitação, temos um problema que poderá recair sobre a nova gestão, prejudicando a população que depende desse serviço essencial. Esse processo licitatório, se mantido, deveria ser ajustado para beneficiar de fato os usuários, mas sabemos que a realização de uma nova licitação demanda tempo”, destacou.
A prefeita eleita lembrou que uma das prioridades do seu plano de governo é a melhoria do transporte público, mas que as questões judiciais e administrativas poderão atrasar a implementação das mudanças esperadas. Emília também ressaltou o alto custo do atual processo licitatório, que, segundo ela, não favorece diretamente aos usuários do sistema, o que traria mais desafios para o início de sua gestão.
“Com essa suspensão, o que será do transporte coletivo em 2025? Estamos falando de um sistema sucateado, com passagem cara, e a esperança de uma renovação imediata cada vez mais distante. A população de Aracaju precisa estar ciente da complexidade desse processo, pois faremos todos os esforços, mas sabemos que há limites temporais e jurídicos para resolver tudo isso”, reconhece.
Saúde e outras prioridades negligenciadas
Além das questões ligadas ao transporte público, Emília também mencionou preocupações em relação à saúde, que, junto ao transporte, está entre as áreas mais demandadas pela população aracajuana. Segundo ela, sua equipe tem descoberto irregularidades e desperdícios de recursos em áreas essenciais durante o início da transição de governo.
“Estamos descobrindo coisas terríveis, que já suspeitávamos, mas agora confirmamos. Recursos que poderiam ter sido aplicados em ações importantes foram desperdiçados, com prazos expirando por falta de interesse e dinheiro não utilizado para o bem da população”, disse Emília, lamentando a falta de prioridade da atual gestão em áreas sensíveis.
Ela finalizou sua fala com uma mensagem otimista e de compromisso com a cidade: “Que Deus nos dê sabedoria e força, porque sabemos que vamos enfrentar muitos problemas deixados por quem não quis governar para o povo. Mas nós queremos, e vamos governar para o povo”.
Por Jamile Pavlova