Uma grande concentração de pessoas se reuniu na Praça General Valadão na tarde desta segunda-feira.
A presidente licenciada Dilma Rousseff desembarcou em Aracaju por volta das 16h desta segunda-feira (25) para participar de um movimento que complementa a 14ª Marcha Estadual em comemoração do Dia do Trabalhador Rural. Ainda no aeroporto Santa Maria, ela foi recepcionada por deputados e vereadores petistas e também pelo governador em exercício, Belivaldo Chagas.
Do aeroporto, Dilma seguiu em direção à Praça General Valadão, no Centro da capital sergipana, onde uma multidão a esperava com faixas, cartazes e muita euforia. Haviam aqueles vestidos de vermelho, em apoio à presidente licenciada, e também aqueles que repetiam o bordão “Fora, Dilma”, mas, nem mesmo as manifestações contra, a impediram de fazer o seu discurso que integra o “Ato contra o golpe, em defesa da democracia” o qual ela vem participando pelo Brasil.
Entre os vários pontos abordados em sua fala, Dilma destacou e voltou a frisar a sua inocência perante o processo de impeachment e agradeceu o apoio daqueles que ainda se mantêm ao seu lado. “Agradeço a solidariedade de Jackson Barreto e de tantos outros companheiros. Agradeço às mulheres, aos negros, aos movimentos sociais, aos sindicatos, à Cut e aqueles que me mostram solidariedade. Mas, é importante frisar que estamos vivendo um momento muito, muito difícil no nosso país em que estão querendo acabar com os direitos do povo”, ressaltou.
Dilma falou ainda sobre os programas sociais e sobre golpe. “Esse golpe não é com armas, mas é um golpe que usa a mentira e o não crime. O que eles querem é me afastar da presidência para retirar os direitos da população. O que vemos em dois meses é um retrocesso a perda dos direitos do nosso povo. Eles querem uma educação amordaçada, o recuo da qualidade da saúde pública”, salientou.
Entre silêncio e aplausos, Dilma falou ainda sobre a formação ministerial. “Nós temos conquistas a preservar. Lutamos pela democracia. Eles querem impor ao país um programa de governo que não passou pelo crivo de ninguém, que não recebeu o voto de ninguém, que quer reduzir os gastos com saúde e educação, que acabou com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que apoia um ministério formado por homens brancos e ricos, num país onde a maioria é feita por mulheres, negros, homens trabalhadores e lutadores”, completou.
A presidente licenciada falou ainda sobre machismo e sobre a força da mulher e completou reafirmando a legitimidade da sua eleição. “Eu sou a presidente eleita com 54,5 milhões de votos. Eles podem esperar sentados porque eu não desisto dessa luta”, concluiu.
Por: JornaldaCidade.Net