Quando em junho passado o prefeito Marcos Santana (PMDB) assinou uma Ordem de Serviço que beneficiaria o loteamento Tijuquinha com uma obra de saneamento, os moradores acreditavam naquele momento que muito de seus problemas seriam resolvidos. À época, o gestor reuniu seus auxiliares e aliados e prometeu a implantação de drenagem e pavimentação de dez ruas, tendo como prazo de conclusão oito meses.
Passado cerca de três meses, a obra está paralisada e os cerca de R$ 1,3 milhão que seriam investidos ainda não foram devidamente aplicados, inclusive com trechos da rede de drenagem completamente enterrada. Entre a promessa do gestor e a lentidão dos serviços o que sobra para o povo é o mesmo sofrimento de antes. E muitas pessoas já começam a lamentar acerca do descaso com o loteamento.
Até para frequentar os templos religiosos existem dificuldades, como afirma o Pastor Amarildo, que pede atenção do poder público. “Rogo ao prefeito aquilo que prometeu durante a campanha e não esqueça de nossa comunidade. Hoje gostaríamos que esta obra reiniciasse porque a situação aqui é crítica”, relata Amarildo.
O religioso aproveita também para denunciar outros casos em que a Prefeitura não tem cumprido suas funções. “Não é novidade que os moradores do Tijuquinha sempre apresentam demandas de atendimento médicos, principalmente as pessoas mais carentes, mas até o momento essa via-crúcis continua como nos anos anteriores. Conseguir exames então é outra lamúria. Exigimos a Administração cumpra seu papel constitucional de oferecer saúde universalizada”, enfatiza.
A insatisfação também reflete na opinião de Wendel Santos ao relatar que mesmo as ruas já pavimentadas apresentam problemas simples de serem resolvidos, mas invisíveis aos olhos dos gestores. “Pedimos apenas que o poder público olhe para o Tijuquinha porque nossos impostos têm a mesma importância de qualquer outra localidade de São Cristóvão, mas as melhorias custam a chegar aqui”, diz o morador.
Wendel aproveita para informar que tem mais de uma década que nenhuma melhoria significativa chegou no local. “Nem mesmo serviço simples como limpeza de rua chega aqui. Será que quem governa este município pensa que somos cidadãos inferiores?”, questiona.
Problemas
Não é apenas obra paralisada e falta de saneamento que afligem a população do Tijuquinha. Segundo outros moradores que entraram em contato com nossa reportagem, a falta de iluminação pública é um gargalo que aumenta a sensação de insegurança, facilita as ações de meliantes. Com a municipalização da concessão é dever do governo Municipal garantir a manutenção e substituição de todo o parque da rede pública de iluminação.
Nota da Prefeitura de São Cristóvão
Estamos dentro do prazo de execução da obra (que é de 8 meses). Algumas paralisações foram necessárias para avaliação dos trabalhos, e ajustes nos cronogramas. O quanto antes os serviços serão retomados e comunicaremos através das redes sociais e do site oficial da prefeitura, o www.saocristovao.se.gov.br.
Da redação