Durante a exposição da representante do Conselho Regional de Serviço Social 18. Região – Sergipe (CRESS/SE), Itanamara Guedes Cavalcante, sobre a inserção do Assistente Social nas escolas, vários deputados estaduais se colocaram à disposição da categoria para ajudar na viabilização da propositura. O Conselho chegou a apresentar, aos parlamentares, uma minuta de projeto de lei, para ser avaliada e aplicada pelo Poder Legislativo.
A proposta recebeu o apoio dos presentes, com destaque para o deputado Moritos Matos (PROS) que revelou já ter protocolado na Assembleia Legislativa uma proposta semelhante. “Quando fui vereador de Aracaju tentei, sem sucesso, aprovar um projeto multidisciplinar nas escolas. Fiz o mesmo no mês de Março aqui na AL e temos um projeto em tramitação muito parecido. Espero que ele seja apreciado pela Casa e que a proposta seja aprovada”.
Depois, diante dos posicionamentos dos demais deputados, Matos voltou a pedir a palavra e anunciou que “verifiquei o projeto dos Assistentes Sociais e vi não é praticamente o mesmo teor. Não vejo problema em retirar a minha proposta e em dar andamento, pela Casa Legislativa, na proposta do CRESS. Acho que ele contempla aquilo que a gente pensa”, disse, chegando a destacar a importância de um fonoaudiólogo e de um advogado na equipe multidisciplinar.
Outro que se posicionou a favor do projeto foi o deputado Adelson Barreto Filho (PR), “Quero registrar aqui o compromisso do nosso mandato parlamentar aqui na Assembleia Legislativa com a luta dos assistentes sociais. Terão nosso apoio naquilo que for necessário”.
Por sua vez, a deputada Sílvia Fontes (PDT) destacou sua experiência, ao longo de cinco anos, como secretária de Assistência Social de Nossa Senhora do Socorro. “O tripé da nossa administração era a Saúde, Educação e a Assistência Social. Isso era importante para a rede funcionar. São vários os problemas diagnosticados, mas não temos esses profissionais na rede, o que dificulta e muito. Antes o governo federal dava toda a assistência e todo apoio aos serviços sociais, com políticas voltadas para a assistência. No momento estamos perdemos muito com a política atual”.
Autora do requerimento que viabilizou a palestra, a deputada Ana Lúcia (PT) fez uma avaliação muito positiva do debate, sobretudo pelo dia que marca a luta dos Assistentes Sociais. “A defesa da profissão é uma luta contínua. Acho que esta luta deve ser da Casa como um todo, o deputado Moritos Matos tem uma proposta, mas é preciso muita força para a gente avançar. Vamos dialogar com o restante dos membros da Casa e com o Poder Executivo”.
Por fim, o presidente da AL, deputado Luciano Bispo (PMDB) enfatizou que a palestra teve um objetivo louvável, mas reforçou para a Educação dos jovens uma aproximação maior da Igreja. “A religião influencia os jovens. É preciso que a família leve os jovens para a Igreja. Vejo muito essa carência em Itabaiana. Em três anos foram 300 assassinatos e não temos 30 inquéritos apurados. Um vai matando o outro e as família se acabam nesse sofrimento”.
Ainda discordando da expositora sobre um aspecto da religião, Luciano Bispo disse que “é preciso ter essa preocupação com a nossa juventude. Pelé, ainda na década de 70, já dizia que era preciso cuidar das crianças. Acho que essa luta tem que continuar e, me permita, mas nós temos que continuar acreditando no nosso País, no nosso povo. Trato todos como iguais e tenho orgulho de ser político. Tenho posição, tenho partido e sou aliado, mas sei respeitar e gosto de ouvir as pessoas. Agora é preciso que as pessoas também tenham o desprendimento de ouvir aquilo que elas não gostam”.
Por Agência de Notícias Alese