A deputada estadual Linda Brasil (PSOL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para anunciar que protocolou um Projeto de Lei o qual classifica a fibromialgia como deficiência para todos os fins legais no âmbito do Estado de Sergipe.
“Este Projeto de Lei é fruto do diálogo com pacientes que convivem com a fibromialgia e também de estudos e pesquisas. A fibromialgia é causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor. O diagnóstico dela é clínico, não havendo exames que o comprovem. Por isso, a importância de sensibilizar a população e promover um maior entendimento sobre o assunto”, destacou Linda Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome acomete cerca de 2% da população mundial. A cada 10 pacientes com fibromialgia, sete são mulheres. Geralmente a síndrome aparece entre os 30 e 60 anos de idade.
A Fibromialgia possui tratamento multifatorial através de farmacológico e também tratamentos não farmacológicos como: acupuntura, suporte psicológico, atividades aeróbicas e entre outros.
“A Fibromialgia não é fatal, mas implica severas restrições à existência digna dos pacientes. Mais importante: ainda não há cura conhecida para a síndrome. Os tratamentos apenas diminuem alguns sintomas. É inconteste que portadores desta síndrome possuem uma queda significativa na qualidade de vida, impactando negativamente nos aspectos social, profissional e afetivo”, ressaltou a parlamentar.
Ministra do Esporte
A parlamentar também falou sobre a visita da ministra de Estado do Esporte, Ana Maoser, ao Estado de Sergipe. “Ela veio participar da inauguração de duas quadras poliesportivas em duas escolas, localizadas em Aracaju. Ações como estas são muito importantes para o fortalecimento da educação”.
Na oportunidade, a deputada ressaltou sobre a importância da participação de pessoas trans em evento esportivos a exemplo dos Jogos da Primavera. “Não existe uma regulamentação nacional sobre a participação de pessoas trans nestes eventos. Mas, a ministra se pronunciou falando que os organizadores destes eventos devem prezar pelo acolhimento de pessoas trans, e evitar que essa pessoa seja impedida de participar”, disse Linda Brasil.
Dia Mundial do Funcionário (a) da Educação
Criado em 2018 pela Internacional de Educação (IE), o Dia Mundial do Funcionário da Educação é comemorado nesta terça-feira (16). A categoria é composta por auxiliares administrativas (os), merendeiras (os), auxiliares de serviços gerais, de apoio e vigilância, profissionais que são fundamentais para o ambiente escolar.
“Dentre as diversas bandeiras de luta defendida por esta classe de trabalhadora está o reconhecimento social e do poder público de que são, de fato, funcionárias/os da Educação e que exercem atribuições essenciais no processo pedagógico”, pontuou Linda Brasil.
O ensino básico brasileiro é composto majoritariamente por mulheres. Entre profissionais da educação, 79,2% são mulheres, segundo dados do Censo Escolar 2022 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Comunidade Indígena
Finalizando o discurso, a deputada Linda Brasil falou sobre uma visita que fez último sábado (13) ao território indígena Fulkaxó, localizado no limite entre os municípios de Pacatuba e Neópolis. Atualmente a comunidade é composta por 20 famílias, as quais conseguiram permanecer no local; outras 89 residem no território Kariri (aldeia mãe), por conta das atuais condições do território Fulkaxó.
Por Júnior Matos/ Agência de Notícias Alese