No mês de junho de 2023, o custo da cesta básica de Aracaju apresentou alta de 2,41%. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (6), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$ 567,11 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa. Os preços elevados da batata e do açúcar foram os grandes responsáveis pela alta em quase todas as capitais em que o Dieese realiza a pesquisa.
Em contrapartida, os preços do feijão carioquinha, o óleo de soja, a carne bovina, o arroz e o café em pó diminuíram em quase todas as cidades pesquisadas.
Mesmo apresentando alta, Aracaju mantém a cesta mais barata do Brasil. Vale frisar que no mês de maio, houve inexpressiva baixa de 0,02%; em abril, foi registrada alta de 1,42%; em março, houve queda de 1,24%; em fevereiro, diminuição de 0,42%; e em janeiro, expressiva alta de 6,57%. No balanço do primeiro semestre do ano, o custo da cesta básica em Aracaju aumentou 8,20%.
NACIONAL
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 10 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre maio e junho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e Vitória (-2,08%). As altas foram observadas em Recife (5,79%), Natal (5,00%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e Salvador (0,26%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 783,05), seguida de Porto Alegre (R$ 773,56), Florianópolis (R$ 771,54) e do Rio de Janeiro (R$ 741,00). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 567,11), Salvador (R$ 595,84) e João Pessoa (R$ 604,89).
A comparação dos valores da cesta, entre junho de 2022 e junho de 2023, mostrou que 13 capitais tiveram aumento de preço, com variações que oscilaram entre 0,63%, em Fortaleza, e 4,37%, em Belém. Outras três cidades apresentaram queda: Brasília (-1,58%), Goiânia (-0,70%) e Vitória (-0,22%); e, em Curitiba, houve relativa estabilidade (-0,01%).
SALÁRIO MÍNIMO
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em junho de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.578,41 ou 4,98 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.652,09 e correspondeu a 5,04 vezes o piso mínimo. Em junho de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.527,67 ou 5,39 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.

Fonte: AJN1