No mês de agosto, o custo médio da cesta básica de alimentos em Aracaju teve uma queda expressiva de 6,56%, representando a maior redução do país entre as 17 capitais pesquisadas. Na prática, os aracajuanos tiveram que desembolsar R$ 456,40 para levar o conjunto de alimentos perecíveis para casa, representando a cesta mais barata do Brasil. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Vale frisar que no mês de julho, por exemplo, a capital havia apresentado aumento de 3,71%, representando a terceira maior alta do país; em junho, teve alta de 0,54%. No mês de maio, por conseguinte, houve redução de 0,26%%; em abril, a capital teve alta de 0,19%; em março, a alta foi de 5,13%; em fevereiro, houve redução de 1,1%; e em janeiro queda de 0,51%.
As maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). As capitais onde o custo apresentou queda, além de Aracaju (-6,56%), foram Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).
A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 664,67), seguida pelas de Florianópolis (R$ 659,00), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 456,40) e Salvador (R$ 485,44).
Ao comparar agosto de 2020 a agosto de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília.
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, o que corresponde a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em julho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.518,79, ou 5,02 vezes o piso em vigor.
Variações
O quilo do café em pó subiu em 17 capitais. As altas oscilaram entre 0,71%, em Recife, e 24,78%, em Vitória. Mesmo em período de colheita, os preços seguiram em alta, pois os produtores retiveram o grão, à espera de melhores preços, pois existe a expectativa de menor oferta no futuro, devido às geadas do final de julho.
O açúcar apresentou elevação de preço em 16 capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (10,54%), Curitiba (9,03%), Belo Horizonte (5,61%) e Recife (5,01%). A queda foi registrada em Natal (-2,78%). A oferta restrita de açúcar, por causa do clima seco e da geada no Sudeste, foi o principal fator de elevação do preço médio do produto nas capitais.
Entre julho e agosto, o litro do leite integral teve acréscimo em 14 capitais e o quilo da manteiga, em 12. As maiores altas do leite foram observadas em Aracaju (5,70%), João Pessoa (2,41%), Salvador (2,20%) e Rio de Janeiro (2,01%).
O preço do feijão recuou em 13 capitais. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, registrou queda entre -3,94%, em Campo Grande, e -0,11%, em Fortaleza.
Fonte: AJN1