O presidente do Tribunal de Contas (TCE), conselheiro Clóvis Barbosa, não gostou das declarações feitas pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), ao afirmar a alguns dirigentes sindicais que “o prefeito sou eu e não Clóvis Barbosa”.
Na manhã desta terça-feira (31), Clóvis Barbosa não escondeu sua irritação ao ser abordado pela imprensa e ser questionado sobre as declarações de Edvaldo. Para o conselheiro, “o prefeito precisa administrar e parar de dizer besteiras. Ou ele não sabia que ele é o prefeito”, afirmou.
Ainda sobre o assunto, Clóvis afirmou que “cada Poder cumpra o seu dever. Ele tem que cumprir o seu papel. Ele teve oportunidade de tomar conhecimento da situação. Agora fica dizendo besteiras. Ele tem que olhar para a frente e não ficar olhando para o retrovisor”, disse Clóvis,
O Conselheiro afirmou ainda que à época da transição, Edvaldo Nogueira se escondia para não ser notificado, chegando inclusive a orientar em seu condominio para que não recebessem notificações. “À época, ele se escondia para que hoje pudesse ter este discurso. Ele se escondia, não atendia e foi preciso o MP falar grosso. É preciso que ele tenha responsabilidade em vez de ficar falando bobagem”, ironizou Clóvis ao afirmar que “ele é o prefeito, mas o dinheiro não é dele. o dinheiro é do povo”.
Pedido de bloqueio de conta – Clóvis Barbosa disse ainda que na próxima sexta-feira o TCE irá analisar o pedido de bloqueio das contas da PMA e que foram feitos pelo Sepuma e Sindimed.
Operação antidesmonte – O conselheiro foi firme ao afirmar que haverá prisão de gestores por conta do uso indevido de verbas no final de mandato. “A sociedade pode aguardar que muita coisa será revelada até o mês de março”. Clóvis explicou que há 1.056 cheques que foram sacados por gestores públicos no último dia de mandato e que cerca de 800 cheques devem levar ex-prefeitos e ex-secretários para a prisão.
Ao falar sobre essa situação, Clóvis disse que o ex-prefeito de Pinhão, Eduardo Marques (PSB), mandou um CD em branco como se estivesse prestando contas de sua gestão e que dois escritórios de contabilidade monopolizam as prestações de contas dos municípios.
Ainda segundo Clóvis, três municípios apresentaram folhas de pagamentos com os mesmos nomes dos funcionários e os mesmos valores.
Por Munir Darrage