Belivaldo e demais governadores do Nordeste discutiram políticas de controle à pandemia do novo coronavírus
O governador Belivaldo Chagas participou, na tarde desta segunda-feira (20), de uma videoconferência com o novo ministro da Saúde, médico Nelson Teich e os demais governadores do Nordeste. Ele acompanhou a reunião de seu gabinete no Palácio de Despachos, juntamente com técnicos e assessores da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Este é o primeiro encontro dos chefes do Executivo nordestinos com o novo ministro. Nelson Teich assumiu a pasta na última sexta-feira, 17, em substituição ao médico Luiz Henrique Mandetta.
A reunião com o ministro foi solicitada na última sexta-feira (17), quando os governadores se reuniram em videoconferência e acordaram sobre o envio de um ofício ao novo ministro, solicitando a contratação temporária de médicos brasileiros formados no exterior para auxiliar na prevenção e atendimento aos pacientes contaminados pelo coronavírus, o repasses de verbas da União para os Estados, abertura de novos leitos de UTI’s e aquisição de equipamentos para o combate à Covid-19.
O governador Belivaldo Chagas achou proveitosa essa primeira reunião com o ministro da Saúde, passou as demandas de Sergipe, especialmente com a ampliação de leitos de UTIs. Ele comunicou ao ministro que, com o aumento da testagem, os casos positivos serão ampliados no estado. Belivaldo espera que o governo federal atenda, na medida do possível, as solicitações dos governadores.
Na videoconferência com o ministro, os administradores estaduais reclamaram da dificuldade para a compra de equipamentos de proteção (EPIs), testes e respiradores. Com base em uma lei aprovada há duas semanas, o governo federal tem requisitado a totalidade dos equipamentos produzidos no Brasil, deixando aos estados apenas a opção de comprar no exterior, onde enfrentam a concorrência de países como os EUA.
Os nove governadores nordestinos também solicitaram a repatriação de cerca de 15 mil médicos brasileiros, formados no exterior e que aguardam a validação do diploma para poderem atuar no Brasil. Essa iniciativa é uma recomendação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, que orientou a criação da Brigada Emergencial de Saúde para combater o Covid-19.
Para poderem trabalhar no Brasil, esses profissionais que fizeram faculdade fora do país, precisam passar por um processo de revalidação do diploma, chamado Revalida. O procedimento, segundo o Consórcio, seria feito durante a atuação dos médicos. Alguns deles estão no Brasil impedidos de exercer a medicina.
A proposta dos governadores é que esses profissionais atuariam imediatamente, sob supervisão, e o processo de validação dos diplomas seria feito por meio de programa de complementação curricular e de avaliação na modalidade ensino-serviço a cargo das universidades públicas.
Os chefes do Executivo demonstraram preocupação com a ausência de médicos no interior do Nordeste e esses profissionais iriam se somarem aos médicos já inseridos no atendimento à população.
Agência Sergipe de Noticias