Na última quarta-feira, 6, foi publicado no Diário Oficial de Sergipe o decreto que reduz para 18% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina, álcool, telecomunicações e energia. Assim, de acordo com análises da Secretaria de Estado da Fazenda, a redução reflete uma queda de R$ 0,98 no preço do litro da gasolina e R$ 0,50 no álcool.
Com a baixa, o JORNAL DA CIDADE procurou o líder dos motoristas de Aplicativo de Sergipe, Josemar Pontes, para questionar se o novo valor será positivo para a categoria. Para o motorista, a resposta é não. Segundo ele, os serviços prestados pelos motoristas não tiveram nenhum reajuste.
“Não. Os serviços prestados hoje não sofreram nenhuma queda. Nem para mais nem para menos. O fato do combustível ter reduzido não refletiu, mas deveria refletir. Primeiro, as plataformas de mobilidade como Uber e 99, que são as detentoras aqui em Sergipe, têm há algum tempo aplicado tarifas muito, muito baixas, né? Para você ter uma ideia, se roda aí dez quilômetros, os passageiros têm pago R$ 6,30, dependendo aí da plataforma que chama e do horário”, informa.
“Hoje, os motoristas de aplicativos ainda vêm sofrendo, ainda vêm tendo um impacto muito grande no seu custo fixo, tendo em vista que o motorista tem uma carga e custo fixo muito alta. Gasolina, manutenção de carro, manter carro e ainda por cima o perigo que o motorista de aplicativo passa diariamente”, ressalta.
Para o líder, a solução para melhores condições de trabalho dos motoristas não é redução no preço dos combustíveis, mas sim a regulamentação dos trabalhadores. “A gente tem batido na mesma tecla que é preciso a regulamentação do motorista de aplicativo de todo o Brasil. Com isso, o cenário atual hoje dos motoristas de aplicativos com essa regulamentação terá reconhecimento da classe a nível Brasil através de uma lei, um projeto de lei. Isso pode trazer um equilíbrio sim para os mais de um milhão de motoristas de aplicativos no país. Lembrando que em Aracaju somos mais de dez mil motoristas rodando full time, ou seja, todos os dias”, reflete.
Por Taís Félix
Da Redação JC