Desde a implementação dos novos corredores de ônibus em Aracaju, com início do funcionamento em agosto deste ano, os usuários do sistema de transporte coletivo têm tido viagens mais rápidas e eficientes, com uma redução significativa de tempo de deslocamento. Conforme destaca o superintendente municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Aracaju, Renato Telles, “a faixa exclusiva está cumprindo efetivamente a função idealizada pela gestão municipal e, a partir disso, a capital deu um salto importante no avanço da mobilidade urbana”.
Os quatro novos corredores de ônibus, Hermes Fontes, Centro/Jardins, Augusto Franco e Beira Mar, têm se destacado pela contribuição para a equidade no trânsito e pela significativa melhora na vida dos usuários do transporte público, que são os mais frágeis dentro do sistema de trânsito. A principal vantagem observada é a redução do tempo de deslocamento nos trajetos dentro dos corredores, com um ganho expressivo na velocidade e eficiência.
De acordo com o superintendente, a estratégia adotada pela Prefeitura de Aracaju, por meio da SMTT, a partir da implementação dos corredores, é benéfica para o trânsito como um todo. O corredor Hermes Fontes, por exemplo, onde as regras foram mais bruscas, já que a faixa exclusiva do transporte coletivo encontra-se no canteiro central da via, os motoristas de veículos ganharam duas faixas únicas para a circulação de carros.
“O que foi implementado é o que está sendo idealizado de fato. É bom frisar que, o que fizemos, de agosto para cá não foi uma fase de teste, mas uma fase de adaptação para motoristas, pedestres, usuários do transporte público e todos que fazem uso das vias. Há algumas reclamações dos motoristas, e eu vejo como legítima essa questão, porque é uma mudança que traz a necessidade de adaptação. Mas, é bom lembrar que a proposta da faixa exclusiva é trazer prioridade para o transporte público e, por sua vez, trazer equidade para o sistema, para a população em geral, em especial para os que usam e dependem deste tipo de sistema”, afirma Renato Telles.
O superintendente reitera que, a implementação dos corredores, sobretudo do modelo de corredor Hermes Fontes, não se trata de uma “exclusividade de Aracaju”, pelo contrário, existem experiências de sucesso em várias cidades brasileiras e até mesmo fora do país. “Esse corredor, em específico, dá ainda mais agilidade ao transporte público, uma vez que não existe o conflito à direita, nas conversões naturais dos carros particulares. Os veículos entram naturalmente. Aracaju era uma das únicas cidades que ainda não tinha um corredor como esse, e agora avançou”, destaca Renato.
Diante dos resultados positivos, a SMTT planeja expandir esse modelo, buscando implementar mais faixas exclusivas e priorizar ainda mais o transporte coletivo na cidade. Conforme destaca o superintendente, o debate permanece de maneira contínua para melhorar a mobilidade urbana da cidade, e para isso já existem estudos na SMTT que visam aumentar as vias com faixas exclusivas.
“A avaliação é contínua, e eu acho que o principal debate dessa questão é avançar para termos mais faixas exclusivas na cidade. De fato, o tempo encurtou, em especial, na etapa de circulação dentro dos corredores. Portanto, precisamos avançar para ter mais corredores, mais prioridade do transporte público, e assim ganhar ainda mais eficiência do transporte público. Toda e qualquer via onde se tem um fluxo maior, seja de ônibus ou passageiro, que faz uma etapa de interligação entre uma região e outra, é fundamental que a gente se prepare, analise com critério, com técnica, para avaliar o prós e contras. Foi o que foi feito antes do início da obra dos corredores, e ao longo da implantação”, explica Renato.
O período de adaptação para os condutores que trafegam pelas faixas exclusivas dos corredores foi encerrado no último sábado, 30 de setembro. Desde 1º de outubro, os motoristas que desrespeitarem as regras de circulação das faixas exclusivas estarão sujeitos a multas e pontos na Carteira Nacional de Habilitação, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
Foto: Michel de Oliveira/Secom