Atentados com carros-bomba e usando explosivos deixaram, ao menos, 125 pessoas mortas e 140 feridas em Bagdá, no Iraque, entre a noite de sábado (2) e a madrugada de domingo (3).
Um deles atingiu uma movimentada área comercial do centro da capital iraquiana, que estava repleta de gente devido ao Ramadã, mês de jejum muçulmano. O grupo terrorista e extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque.
O mais letal dos ataques ocorreu na região de Al Karrada. Um suicida detonou um caminhão frigorífico que trafegava no meio de uma multidão reunida perto da sorveteria Yabar Abu al Sharbat, informou a polícia.
Outroas agências de notícias informam que o número de mortos é ainda maior. Segundo a Al Jazeera, são 131 mortos, enquanto a Reuters diz que cerca de 120 pessoas morreram.
A sorveteria mais popular e antiga de Bagdá estava movimentada à 1h (horário local, 19h em Brasília). No momento do ataque, Al Karrada estava cheia mesmo tarde da noite porque os iraquianos costumam comer fora de casa durante o mês do Ramadã, já que passam o dia jejuando — a solenidade termina na próxima semana.
A polícia disse que o número de vítimas poderá aumentar, já que mais corpos podem estar sob os escombros de prédios devastados.
O ataque à bomba é o mais mortal no país desde que as forças iraquianas desalojaram no mês passado militantes do Estado Islâmico de Falluja, reduto do grupo a oeste da capital que servia como plataforma para o lançamento de ameaças desse tipo.
Em torno da meia-noite de sábado (2), um artefato explodiu na estrada em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital. Segundo a polícia e fontes médicas, pelo menos, dois morreram.
O EI assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, no qual garantiu que o alvo eram os xiitas. O grupo terrorista, que avaliou em 40 o número de mortos e em 80 o de feridos, advertiu que “com a permissão de Deus prosseguirão os ataques dos mujahedins contra os renegados”.
O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, foi para o local do atentado e afirmou que os terroristas “após terem sido esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada”.
A população não recebeu bem a visita do chefe do governo e atirou pedras no comboio.
Além disso, outro carro bomba explodiu no mercado popular Shalal, situado na região de Al Shaab, no nordeste de Bagdá e de população também majoritariamente xiita. Este atentado causou a morte de um civil e feriu a cinco, além de danificar várias lojas.
O Iraque trava uma luta contra o EI desde junho de 2014, quando o grupo terrorista assumiu amplas regiões do norte e do centro do país e proclamou um califado.
Estados Unidos
Segundo a Reuters, a Casa Branca condenou os ataques em comunicado, afirmando que isso apenas fortaleceu a determinação dos Estados Unidos em enfrentar os militantes do Estado Islâmico.
“Permanecemos unidos com o povo e o governo do Iraque em nossos esforços combinados para destruir o Estado Islâmico”, disse a Casa Branca em um comunicado.
Fonte: G1, com agências internacionais