Para os sergipanos, mês de junho é sinônimo de vestido de chita, sandálias de couro, comidas típicas e aquele forrozinho pra ninguém ficar parado. Em Aracaju, toda essa tradição se mantém forte nos Mercados Centrais da cidade. Basta chegar lá para entrar no clima da festa.
O colorido dos vestidos de chita dão o tom nos mercados Thales Ferraz e Antônio Franco desde o mês de maio. Por lá, há opções para todas as idades e gostos, além de acessórios diversificados.
O vendedor Bonfim Melo herdou da mãe o armarinho localizado no mercado Thales Ferraz e também o gosto por vender produtos juninos. Todos os anos, o local se transforma em ponto de venda de vestidos, bandeirolas, chapéus e acessórios, como tiaras e laços.
“Começamos a vender no dia 15 de maio e em menos de um mês vendemos quase tudo. Os turistas adoram quando veem o colorido dos vestidos e os próprios aracajuanos mantêm o hábito de comprar roupas e acessórios juninos no mercado. A gente faz questão de manter a tradição viva”, disse.
Já no box do comerciante Jorge Melo, além das roupas juninas, há várias opções de artesanato, como peneiras decoradas e espantalhos, tudo confeccionado por sua família. Segundo ele, a produção das peças começa no início do ano e só para no final do mês de junho. O investimento é alto e este ano foi de R$ 80 mil, mas o retorno é garantido.
“Os turistas ficam encantados pelos vestidos e levam muita coisa de decoração. Como é a gente mesmo que produz, temos um preço bom e todo mundo compra. Meus produtos decoram hotéis, escolas e lojas de Aracaju e eu ainda vendo para outros estados, como Bahia e Pernambuco”, comemorou.
Natural da cidade de Alagoinhas, na Bahia, Cláudia Araújo ficou encantada com o artesanato junino encontrado no mercado Thales Ferraz e fez questão de garantir pelo menos um acessório para sua festa. “Aqui tem coisas lindas, mas a peneira toda decorada chamou muito a minha atenção, nunca tinha visto. Tem tanta coisa linda que dá vontade de levar tudo para casa”, elogiou.
Para montar trajes juninos, precisa ter a tradicional sandália de couro, conhecida popularmente como “priquitinha”. O baiano Luiz Alves é um dos vendedores desse item que não sai do pé dos sanfoneiros e forrozeiros. Há 40 anos em Sergipe, há dez vendendo as sandálias no mercado Antônio Franco, ele contou o porquê de comercializar esse item.
“Vende o ano inteiro, ainda mais nesse período que todo mundo quer usar. Vendo para criança e até adulto, faço questão de vender priquitinha porque a nossa arma é a tradição”, destacou.
Serviço
Que tal dar uma voltinha pelos mercados e garantir os itens juninos que faltam para o seu arraial? Os mercados Thales Ferraz e Antônio Franco funcionam de segunda a sábado, das 6h às 17h. Já no domingo, eles abrem das 6h às 12h.
Por lá, além de trajes juninos, há uma diversidade de artesanato local, comidas típicas e diversos bares e restaurantes onde é possível aliar a culinária a um belo cenário e o som do autêntico forró.
Fonte: PMA