Uma pesquisa global do Instituto Ipsos revela que mais da metade dos brasileiros consideraram 2024 um ano ruim para si e suas famílias. Ao todo, 53% deram essa resposta. O índice é semelhante ao global, de 51%.
Quando a análise se volta para o país como um todo, 64% dos entrevistados avaliaram o ano negativamente, alinhando-se à média global. Apesar das avaliações pessimistas, o otimismo para 2025 é evidente: 79% dos brasileiros acreditam que o próximo ano será melhor, superando a média global de 71%.
No entanto, há receios econômicos. Entre os brasileiros, 73% acreditam que os preços de produtos e serviços continuarão subindo acima da renda das pessoas, e 67% esperam uma inflação mais alta no próximo ano.
A pesquisa foi realizada entre 25 de outubro e 8 de novembro em 33 países, com 23.721 entrevistados no total, incluindo mil brasileiros. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Erros do governo na economia
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deixará o cargo na próxima quarta-feira (31), advertiu para o crescimento da dolarização da poupança de pessoas físicas no Brasil, refletindo a desconfiança de investidores em meio ao cenário econômico atual.
Campos Neto destacou que dezembro registrou um aumento significativo na dolarização de reais por meio de plataformas digitais, muitas delas disponíveis em português. Essas ferramentas estão sendo usadas por correntistas simples, que optaram por proteger seu patrimônio fora do Brasil, buscando alternativas mais estáveis diante das incertezas econômicas internas.
O fenômeno de “transferência de patrimônio” tradicionalmente associado a grandes fortunas, mediado pelo Banco Central, já não lidera o volume da dolarização.
Segundo Campos Neto, a saída de recursos reflete uma combinação de fatores:
– Alta do dólar: A valorização da moeda americana pressiona os investimentos locais.
– Taxa de juros elevada: Decorrente das “maluquices do governo”, conforme descrito, que têm ampliado a instabilidade econômica.
Fontes: Conexão Política e 55Invest