Com o tema ‘Inclusão, sustentabilidade e inovação’, aconteceu na manhã desta quinta-feira, 21, a segunda edição da Exposição da Educação Profissional e Tecnológica de Sergipe, também conhecida como ExpoEPT. O evento é uma realização do Departamento de Educação (DED) da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura de Sergipe (Seduc) e tem como objetivo disponibilizar um espaço onde os alunos possam expor os resultados dos seus trabalhos, além de realizar a troca de conhecimentos entre ambos.
O diretor do DED, Genaldo Freitas, falou sobre a importância da feira enquanto vitrine dos trabalhos exitosos oriundos da rede estadual. “Essa exposição é uma coisa que a gente faz justamente para apresentar os resultados positivos que acontecem nas escolas da rede e para que os alunos tenham mais essa oportunidade de mostrar a todos os seus trabalhos”, frisou.
Ao longo da manhã, cerca de 500 pessoas estiveram presentes no evento, proporcionando a troca de conhecimentos entre os alunos e o público, como explica o diretor do Serviço de Educação Profissionalizante, Francisco de Assis. “O principal objetivo dessa mostra é a socialização de experiências entre as escolas para que cada unidade, conforme sua especificidade, consiga mostrar para todas as pessoas aqui presentes quais foram as principais experiências e práticas exitosas nas suas formações profissionais, componente técnico e específico”, pontuou Francisco de Assis.
Trabalhos apresentados
Os trabalhos apresentados englobam não só a ‘inclusão, sustentabilidade e inovação’, mas também a agricultura, a robótica e a saúde alimentar. Os alunos da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas, do município Japoatã, trouxeram quatro projetos que envolvem a agricultura e a pecuária. Um desses projetos é ‘Sistema de resfriamento para vacas leiteiras’, que busca reduzir o estresse térmico em vacas leiteiras a partir de microaspersores, um sistema instalado por gotejamento para molhar as vacas e, assim, ajustar a temperatura delas.
“O projeto foi pensado em nossa comunidade, pois sabemos que não tem acesso tão alto à tecnologia, então a partir dos microaspersores eles passaram a ter um acesso mais facilitado à manutenção, e quando realizamos os testes, as vacas que receberam os microaspersores tiveram um aumento significativo de um litro de leite por dia”, explicou o aluno Igor Reinen, que faz parte do projeto.
Os alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Governador Marcelo Déda Chagas, de Carmópolis, trouxeram para o evento o projeto que busca ampliar a acessibilidade para o público. Intitulado ‘Maquetes de acessibilidade em locais coletivos’, os alunos fizeram maquetes com projetos que melhoram a acessibilidade para pessoas com deficiências visuais, auditivas e locomotoras. Eles produziram maquetes com praças acessíveis, academia, balneário, clube social e uma escola acessível, que trazem como diferencial as rampas de acesso, estacionamentos com vagas específicas para pessoas com deficiência, piso tátil e sinalização. “É importante que as pessoas com deficiência se sintam acolhidas em todos os lugares, então esse projeto busca a inclusão e que eles se sintam à vontade em ambientes públicos, sem precisar depender de outras pessoas”, explicou a estudante Glenda Beriba, aluna da escola e participante do projeto.
O ‘ExtinguishBot Robô’ é um robô autônomo e avançado projetado para combater incêndios em locais de difícil acesso, contribuindo assim com o trabalho dos bombeiros. Ele foi desenvolvido pelos alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Agonalto Pacheco da Silva, localizado em Neópolis. Segundo a aluna Hysadora Castor, o protótipo continua em desenvolvimento, mas a intenção é que ele tenha inteligência artificial para conseguir identificar o tipo de incêndio e combatê-lo.
Dentre as 18 escolas presentes, cerca de 50 projetos foram apresentados. Outros projetos que estiveram presentes na exposição foram: do Centro de Excelência Profissionalizante José Figueiredo Barreto, de Aracaju; do Centro de Excelência Educação Profissionalizante Neuzice Barreto, de Nossa Senhora do Socorro; do Centro de Excelência Dona Marieta, de Neópolis; e do Centro de Excelência Monsenhor Juarez, de Lagarto.
O aluno José Ednan, do Instituto de Educação Rui Barbosa (Ierb), demonstrou o quão gratificante é participar da feira e ver o conhecimento sendo democratizado. “Nesta feira está tendo a troca de ideia, e por meio disso, o meu conhecimento aumentou, e a minha cultura aumentou também, porque quando elaboramos um projeto desse nível, nós trocamos experiências, ideias, valores diferentes, porque as pessoas são diferentes, e isso democratiza a informação e o conhecimento”, pontuou o aluno do curso técnico em Nutrição e Dietética da instituição.
Premiações
Na ocasião, também foram entregues às instituições educacionais 23 placas de reconhecimento da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura de Sergipe pelas práticas exitosas em Educação Profissional e Tecnológica.
O professor Silvio Valença esteve no evento e representou os professores que atuam nas aulas de Educação Profissional da rede estadual. No cenário atual, a educação desempenha um papel crucial na formação de cidadãos conscientes e preparados para os desafios do mercado de trabalho. “Esses eventos são fundamentais para que os estudantes compreendam a importância de transformar suas ideias em realidade”, afirmou o professor.
Também estiveram presentes no ExpoEPT parceiros externos como a Fundação Itaú, Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Universidade Federal de Sergipe (UFS), e o ‘Sistema S’, representado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social do Comércio, (Sesc).
Dois analistas da Fundação Itaú vieram de São Paulo para prestigiar a exposição. Felipe Menezes faz parte do Itaú Educação e Trabalho, e para ele está sendo muito gratificante poder ver o resultado dessa parceria entre a fundação e o Serviço de Educação Profissionalizante (Sepro) da Seduc. “Apoiamos muito o trabalho junto ao Sepro e estamos muito felizes com os resultados dos trabalhos que vimos aqui. Ver o que os alunos estão apresentando e produzindo muita coisa legal para o estado é muito gratificante”, finalizou Felipe.
Foto: Heidy Souza