Durante o segundo dia de atividades da 87ª reunião geral da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), realizada nesta terça-feira (8), a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, participou do encontro da Comissão de Prefeitas da FNP, que reuniu gestoras de diversas cidades do país para debater políticas públicas voltadas às mulheres.
A reunião teve como foco principal a integração da perspectiva de gênero no Plano Clima Adaptação, destacando a importância de incluir mulheres e meninas nas ações municipais que tratam de mudanças climáticas. Além disso, foram apresentadas as deliberações da Comissão das Cidades Atingidas ou Sujeitas a Desastres (Casd), incentivo à mobilização para o Fórum de Secretarias de Mulheres e detalhamento do Programa + Iguais, que visa a promover a transversalidade de gênero nas gestões públicas.
Também incentivará a mobilização para o Fórum de Secretarias de Mulheres e apresentará o Programa + Iguais, financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), como estratégia para a transversalidade de gênero nas políticas públicas.
A reunião contou com a presença da ministra de Estado das Mulheres, Cida Gonçalves, que ouviu atentamente os relatos das prefeitas presentes. Cada uma compartilhou experiências, desafios e histórias que marcam o cotidiano da gestão pública feminina no Brasil.
Em sua fala, a prefeita de Aracaju ressaltou o compromisso de sua gestão com políticas públicas efetivas voltadas às mulheres. “Ser prefeita de Aracaju é, antes de tudo, entender que governar uma cidade é também cuidar das mulheres que a constroem todos os dias. Os desafios são muitos: garantir acesso à saúde digna e humanizada, enfrentar com coragem a violência que ainda silencia tantas mulheres, abrir caminhos reais no mercado de trabalho e oferecer oportunidades para que cada mulher seja protagonista da sua história”, afirmou.
Emília também destacou avanços importantes da gestão na capital sergipana, como a atuação da Procuradoria da Mulher e autora da lei que proíbe a nomeação de homens condenados pela Lei Maria da Penha em cargos de confiança da prefeitura. Outro marco citado foi a criação da Secretaria Municipal da Mulher, que não existia antes, e a ocupação dos principais espaços de poder por mulheres, além das pastas com os maiores orçamentos: Saúde, Educação e Assistência Social, que são comandadas por gestoras.
“Mas não se trata apenas de criar políticas, é preciso garantir que elas funcionem, cheguem a quem mais precisa e façam diferença na vida real. Governar com esse olhar é construir uma cidade mais justa, mais humana e mais forte. E é com esse compromisso que seguimos: enfrentando os desafios com seriedade, responsabilidade e, acima de tudo, com empatia e escuta”, completou Emília.
Ao final da reunião, a prefeita fez um balanço emocionado do encontro. “A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos tem nos dado a oportunidade de, como prefeita de uma capital, estar nesse espaço tão importante, com mulheres que vivem histórias semelhantes em diferentes lugares. Parecia uma verdadeira terapia. Cada uma trouxe sua trajetória marcada por violência política, perseguições, ataques às famílias, fake news. Mas ali nos sentimos acolhidas. A ministra Cida Gonçalves teve uma palavra verdadeira, nos incentivou e mostrou que temos apoio. Esse suporte é essencial”, destacou.
Emília finalizou mencionando mais um avanço para as mulheres em Aracaju. “Acabamos de aprovar na Câmara a criação da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Isso também é empoderamento. Tudo o que vivemos aqui nos fez mais fortes. Saber que outras mulheres se levantam para defender histórias femininas, famílias e territórios com união, isso tem muito valor e vai se espalhar por todo o Brasil”, finalizou.
Fonte: AAN