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A qualidade da água fornecida pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e que é consumida pelos sergipanos foi colocada em xeque pela vereadora Kitty Lima (Rede) durante seu discurso no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta terça-feira, 21, quando denunciou que os órgãos competentes não estão realizando as análises devidas para saber se o líquido está próprio para o consumo humano.
A vereadora explicou que em visita a Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE), foi informada que as análises da água que chegam às casas por meio do serviço que é prestado pela Deso não são realizadas deste o mês de agosto deste ano. “Fiquei estarrecida ao saber disso porque a gente não tem noção se a água que usamos no nosso dia a dia para lavar louça, a roupa, tomar banho e até mesmo para beber, é de qualidade. A gente pode estar adquirindo doenças caso essa água esteja contaminada”, alertou Kitty.
Segundo o MPE, o motivo seria a falta do reagente utilizado na análise microbiológica da água que é feita pelo Instituto Parreiras Horta (Lacen) em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal. “A imprensa já vem noticiando há muito tempo o completo abandono ao qual se encontra a questão da água em nosso estado. Esse teste, segundo especialistas, deve ser realizado todos os meses, mas há três ele não é feito porque o Governo do Estado não adquiriu o reagente que atesta a procedência da água que é fornecida pela Deso. São vidas que estão em jogo e, enquanto isso, os responsáveis por garantir a qualidade da nossa água estão caladinhos”, explicou.
Indignada com a situação, Kitty lembrou ainda o sucateamento em que se encontra a companhia de saneamento. “Nós também somos testemunhas do abandono do governo em relação a essa problemática, é visível. São caixas d’águas que caem e provocam verdadeiras tragédias, adutoras que se rompem e as péssimas condições em que os servidores da Deso são submetidos”, pontuou a parlamentar, que lamentou ainda as “manobras que estão sendo feitas para tentar vender a Deso e a cada dia que passa mais gente reconhece isso”.
Ainda durante seu discurso, a vereadora reforçou que o caso trata-se de uma denúncia grave, e que “o MPE está em cima e eu vou acompanhar tudo de perto e passando cada detalhe para a população e trabalhando na câmara para garantir da forma que for possível que essa situação seja resolvida. Infelizmente a população é a última a saber dessa situação, mas a primeira a sofrer as suas consequências. Água é vida, um direito inquestionável. Ela é nosso direito”, desabafou.
Por Felipe Macéio, Assessoria de Imprensa