São 93 alunos com síndrome de Down matriculados na rede estadual
A rede estadual tem estabelecido um dos compromissos mais elementares para a Educação Especial: não deixar ninguém para trás, garantido o acesso, a permanência e o desenvolvimento escolar dos estudantes com deficiência. Para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, neste dia 21 de março, as escolas estaduais celebram a inclusão, o afeto e o acolhimento a esse público. São 93 alunos com síndrome de Down matriculados em toda a rede, os quais participam ativamente de aulas tanto no ensino regular quanto no Atendimento Educacional Especializado, por meio das salas de recursos multifuncionais.
Incluir é celebrar não somente a garantia do acesso à educação como também o combate ao capacitismo. Na Escola Estadual Professora Evangelina Azevedo, em Nossa Senhora da Glória, a estudante Bárbara Siqueira, de 13 anos, tem na sua comunidade um porto seguro, cuja convivência representa mudanças expressivas em sua vida, como definiu a mãe, Luana Batista, ao lembrar que Bárbara aprendeu a caminhar na escola. “Ela frequenta a escola desde muito cedo, e esse é um ambiente de que ela gosta muito. A inclusão sempre foi muito fácil, nunca tivemos dificuldades. Ela ama os coleguinhas, ama as professoras, ama as tias, porque todos a acolhem muito bem”.
O desenvolvimento de Bárbara em sala de aula no ensino regular é um dos pontos destacados pela professora regente, Edleide Souza de Jesus Santos, que trabalha em sinergia com a profissional de Apoio Escolar II, Angela Santana Silva, com a oferta de atividades diferenciadas, de acordo com as habilidades da estudante. “Quando são atividades de livro, do tipo história, geografia e ciência, nesse momento ela desenvolve atividades por meio de fotocópias de alfabetização, para melhorar em relação à Língua Portuguesa e Matemática, que são mais necessárias e que têm uma carência maior. É muito positivo para ela conviver com os coleguinhas da turma. E para os demais alunos também é positivo para que eles possam entender que nós temos uma diversidade muito grande”.
Afeto é um sentimento que se tornou fio condutor das ações desenvolvidas pela equipe da Escola Estadual 11 de Agosto, em Aracaju, unidade que também é referência em educação inclusiva. A coordenadora pedagógica, Alana Monteiro, falou da importância dessa troca para o desenvolvimento cognitivo e social dos alunos com síndrome de Down. “Eles são alunos muito amorosos, risonhos, alegres, e quando vemos um aluno mais fechadinho, a gente percebe que está havendo algo ali. E na verdade percebemos que eles não têm espaço, e aqui na escola eles encontram esse espaço. Além da síndrome de Down, temos alunos com outras deficiências, então eles acabam um entendendo o outro, e isso é muito significativo”.
De acordo com o diretor do 11 de Agosto, professor Cledson Santos Inácio, 23 alunos com síndrome de Down estão enturmados nas atividades letivas da instituição de ensino. “Pela manhã, nós temos as classes especiais, que são constituídas de alunos com idades acima de 18 anos, e à tarde são estudantes das turmas inclusivas do 6º ao 9º ano. Nós temos, aqui na nossa casa, um quadro de professores qualificados, que unem a técnica em poder proporcionar um processo educacional mais acessível, com o amor e o carinho a esses alunos, e é aí que a coisa acontece: a gente promove justamente essa inclusão por trabalhar nessa perspectiva”, declarou.
O Serviço de Educação Inclusiva do Departamento de Educação (Seinc) da Seduc implementa a política de Educação Especial nas escolas estaduais na perspectiva inclusiva, direcionando e acompanhando as ações e serviços ofertados aos estudantes da Educação Especial. “A Seduc de Sergipe não mede esforços para garantir o acesso, a permanência e o desenvolvimento escolar desses estudantes. O nosso compromisso é não deixar ninguém para trás”, concluiu a chefe do Seinc, Lilian Alves, informando que a rede conta com 114 profissionais de apoio escolar II atuando nas escolas, além de 36 de apoio escolar I. “Além desses profissionais, a rede também conta com a atuação de 124 salas de recursos multifuncionais que ofertam o atendimento educacional especializado aos estudantes público da Educação Especial”.
Fonte: ASN