Solenidade de abertura das aulas presenciais ocorreu no Teatro Atheneu
A manhã da segunda-feira, 7 de março, foi marcada pelo retorno das aulas 100% presenciais em todas as 322 unidades da Rede Pública Estadual de Ensino. O professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, visitou a Escola Estadual 17 de Março, localizada no bairro Santo Antônio, em Aracaju, e participou das boas-vindas aos estudantes, professores e servidores da unidade escolar. Na oportunidade, visitou as dependências da escola, dialogou com funcionários e verificou in loco os protocolos de segurança adotados pela escola.
Em seguida, a atenção se concentrou na solenidade de abertura das aulas presenciais ocorridas no Teatro Atheneu, contando com a presença de diversas autoridades, representantes de pais, alunos, professores, diretores, coordenadores e demais membros que compõem a comunidade escolar.
Para o secretário Josué Modesto, esta segunda-feira foi marcada como um dia de imensa alegria para a rede estadual. “Nós temos grandes expectativas porque os dois anos anteriores foram de curtos episódios de atividades presenciais; na realidade, foram anos predominantemente de atividades remotas. O ensino remoto foi importante para manter o vínculo com nossos estudantes e nossas comunidades, mas ele se mostrou insuficiente por diversas razões, desde o acesso às tecnologias até as dificuldades de reformatar os projetos pedagógicos, de forma que a volta ao ensino presencial e o esforço de todas as comunidades escolares são para reconstruir a aprendizagem e sanar as lacunas que foram acumuladas nesses dois anos. Então esse é um momento de esperança, alegria e de certeza do empenho de todos nós na construção e na consolidação da escola pública”.
Maria Vitória Batista Santos, aluna do 3º ano do Centro de Excelência Ofenísia Freire, unidade que oferta o Ensino Médio em Tempo Integral, localizado no bairro Farolândia, em Aracaju, é uma das 150 mil estudantes que retomam o lugar dentro da sala de aula. O anseio da jovem é estudar psicologia, e em um ano de retorno 100% presencial, o foco estará direcionado para realizar tal objetivo. “Estou muito feliz porque nesses anos de pandemia as aulas foram remotas. Parece fácil, mas não é. Minha expectativa é de que este ano seja o melhor para que eu possa me formar, já que quero estudar psicologia, e a minha escola foi muito boa para mim porque eu tive todo o apoio emocional para me preparar”, disse.
Outro jovem ansioso pela retomada das aulas presenciais é Vinícius Barrel, que também vai cursar o último ano do Ensino Médio em Tempo Integral no Centro de Excelência Atheneu Sergipense. “Quando a pandemia começou eu estava indo para o 1º ano, tive um mês de aula presencial, passaram dois anos para podermos voltar para a sala de aula e finalmente estamos voltando; e minha expectativa é muito grande. Agora com um pouco de medo com a proximidade do Enem, penso que todo mundo está muito nervoso porque terceiranistas sempre tiveram uma pressa muito grande, e para nós que estudamos dois anos na pandemia será difícil, mas acredito que dará tudo certo”, concluiu.
A professora Karina Pereira Santana leciona a disciplina Matemática em duas unidades: Centro de Excelência Milton Dortas e polo do Pré-Universitário Marcos Ferreira, ambos no município de Simão Dias, território Centro-Sul sergipano. Para ela, o retorno das aulas presenciais representa um novo paradigma para a educação, pois a bagagem de cada um dos professores é muito maior após dois anos de inserção no ensino remoto, cujo método potencializou o usufruto da tecnologia.
“A primeira coisa que desejo do fundo do coração é que esse retorno de aulas seja seguro porque a pandemia ainda não acabou. Creio que todos os professores voltam para a sala de aula com uma bagagem muito maior, pois puderam se atualizar e dar mais atenção à tecnologia, já que muitos eram afastados e até tinham medo de trabalhar com ela. Então foi um momento essencial para que pudéssemos avançar em termos de interação, meio que viramos youtubers. Isso fez com que estudássemos muito. E hoje eu posso dizer que estou preparada para ministrar aula não somente de matemática, mas também de tecnologia, Projeto de Vida. Acredito que os professores ficaram mais sensíveis às causas, abrimos mais os olhos para questões como abusos, pobreza etc”, relatou a professora Karina.
Fonte: Ascom/Seduc