“Isso ainda é pouco, você merece mais. Tome cuidado”, ameaçou o agressor
Mais um caso de desrespeito a um profissional da imprensa aconteceu na manhã desta quarta-feira, 1/2, no município de Umbaúba, distante 109 km da capital sergipana. O radialista Cléo Menezes foi agredido a socos em frente ao fórum de Justiça da cidade, de onde havia saído após uma audiência, onde é testemunha de acusação em um processo de compra de votos contra o atual prefeito da cidade, Henrique Maravilha (PMDB), ter sido adiada.
O radialista relata que ao sair do fórum em direção ao veículo para ir embora, em frente a um grande número de testemunhas, foi agredido de forma inesperada pelo secretário de Saúde do município de Umbaúba, Carlos Alexandre Santos Costa, conhecido como Pato Maravilha, irmão do atual prefeito. “Sem dizer uma palavra o secretário começou a me agredir, com socos no rosto e na cabeça. Tentei proteger o rosto, mas ainda sofri um corte, e isso durou cerca de três minutos. Só consegui me soltar quando a minha camisa rasgou. Corri para o fórum deixando meus óculos caírem. Quando fui pra porta do fórum na tentativa de ir embora, vi que ele ainda estava lá, pisoteando meus óculos”, disse Cléo, relatando ainda ter sido ameaçado pelo secretário, que entrou no carro, parou em frente ao fórum e disse para o radialista: “isso ainda é pouco, você merece mais. Tome cuidado”.
Acompanhado do advogado Edvan, o radialista prestou queixa na delegacia da cidade, onde foi recebido pelo delegado Paulo Cristiano. Em seguida, dirigiu-se a capital sergipana onde, acompanhado do presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Questionado sobre a motivação do agressor, diz acreditar ser porque, “além de ser testemunha em um processo contra o prefeito, combater o nepotismo na cidade”. Cléo acrescenta que “não tem nada de pessoal e nem contra a gestão, apenas exerce e continuará exercendo o papel de cidadão fiscalizador e o de radialista, que é informar e dar voz as pessoas”.
Fonte: Sindicato dos Radialistas