Profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) estão participando do curso de especialização em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS – Episus Intermediário, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) em parceria com o Ministério da Saúde. Durante essa semana, na capital, está sendo desenvolvida a etapa presencial do curso, iniciado em maio desse ano.
Segundo a coordenadora do trabalho de campo da FioCruz, Deise Aparecida dos Santos, o curso tem oito módulos, foi iniciado em maio e termina no mês de dezembro. Ela explica que essa etapa presencial se refere ao módulo 7.
“Ao final do curso, após a entrega do trabalho de conclusão de curso, eles serão especialistas em epidemiologia de campo pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Ministério da Saúde. Na segunda-feira [25], nós fizemos uma reunião para alinhamento do projeto, ontem [26] eles foram a campo, com o apoio do Município e do Estado”, afirmou Deise.
Os participantes realizaram o trabalho de campo no bairro Farolândia, localidade em que aplicaram 379 questionários junto a moradores do bairro, para avaliar o conhecimento da população sobre as medidas de prevenção contra a covid-19.
A coordenadora de campo da FioCruz ressaltou a colaboração da Secretaria da Saúde de Aracaju, através dos agentes de combate as endemias. “Nós tivemos um apoio fundamental dos agentes, que nos ajudaram bastante no acesso ao bairro. Eles que fizeram a divisão do território para nós, e em nome da Fiocruz, gostaria de agradecer a participação e o envolvimento deles e dos supervisores de campo”, reconheceu.
Participação da SMS
Alunas do curso de especialização, a referência técnica do Centro de Informações Estratégicas em Saúde (Cievs/SMS), Larissa Ribeiro, e a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Município, Débora Oliveira, participaram da pesquisa de campo.
“Trata-se de uma capacitação em serviço que tem a característica do aprender fazendo. Desde maio iniciamos as aulas virtuais, e agora fizemos esse levantamento sobre o conhecimento, atitudes e práticas da população quanto às medidas preventivas da covid-19 para a conclusão de todo nosso estudo”, enfatizou Larissa.
Para Débora, por meio do trabalho de pesquisa será possível qualificar ainda mais o planejamento e desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, “para o fortalecimento da saúde pública nas investigações e controle de surtos”, destacou.
Relatório
Ainda nessa etapa presencial, até o fim desta semana, os profissionais irão consolidar os dados dos questionários para que seja feito um relatório preliminar a ser entregue até o dia 15 de novembro. “A Fiocruz irá reunir os relatórios, de todos os locais de campo, e encaminhar a versão final para Estado e Município, para fazer a devolutiva da pesquisa”, explicou Deise Aparecida.
Sobre a contribuição desse estudo para a saúde pública, a coordenadora afirma que a partir desse trabalho será possível encaminhar recomendações aos estados e municípios. “A partir do momento das análises, será categorizado o que é um conhecimento adequado, uma atitude adequada, e o que é uma prática adequada, para que sejam feitas as recomendações para aquilo que for identificado como não adequado. E a partir daí, estado e município vão poder intensificar o trabalho em seus territórios, seja através das Unidades Básicas ou do próprio agente”, explica a coordenadora da FioCruz.