Desde que fui apresentado pelo Partido Cidadania como pré Candidato a Prefeito de São Cristóvão, como é natural, me aproximei mais da classe política. Cresci muito, estou em constante aprendizado, adquirindo conhecimentos com diversas pessoas sobre como “fazer política” em São Cristóvão. É claro que, algumas coisas, faço questão de não aprender, por óbvio.
Ao decidir ser político em 2018, quando de minha transferência para reserva remunerada da Polícia Militar, uma coisa já tinha em mente, a decisão de não agredir adversários políticos. Pra mim é simples, não correspondeu aos meus anseios éticos e morais de um bom político, não caminho junto, sequer dialogo.
Pois bem, no ano passado (2019) tive o desprazer de ouvir uma entrevista do Prefeito Marcos Santana onde claramente descriminou um vereador de nossa cidade por ter sido usuário de drogas em sua juventude. Tive a oportunidade de fazer um vídeo em solidariedade a este vereador.
Este ano, em fevereiro, o Instagram oficial da prefeitura fazia acusações levianas a Polícia Militar, de agressões aos cidadãos sancristovenses durante os festejos carnavalescos. Pois bem o resultado foi a demissão de um estagiário, ofícios de desculpas do prefeito remetido à PM, reunião com pedidos de desculpas ao major comandante da unidade da PM em nossa cidade, fotos e, uma conclusão: o prefeito não controla sua assessoria de comunicação.
Por estes dias situações mais graves ainda foram motivo de indignação por parte da população sancristovense. Em seu perfil do Facebook o prefeito responde a um de seus seguidores com a seguinte sigla, VTNC.
Eu sinceramente quero acreditar que o significado desta sigla seja “Vamos Trabalhar Nossa Cidade”. Porque o significado do senso comum desta sigla é incompatível com a liturgia do cargo de um prefeito, bem como o de qualquer cargo público.
Recentemente ouvi Marcos Santana tratar um ouvinte de um programa de rádio matinal de entrevistas, como rato de rádio. A que ponto chega um gestor público quando não tem argumentos para rebater as críticas de forma cortês.
Como se não bastassem estas preciosidades, tive acesso a um “print” onde a “Fanpage” do prefeito Marcos Santana compartilha uma matéria que enaltece o trabalho desenvolvido por um padre da igreja católica em detrimento aos pastores evangélicos (de forma genérica) que querem lotar suas igrejas para arrecadação de dízimo.
Por óbvio que existem maus pastores, não só nas igrejas, mas também na política, aonde conduzem seu “rebanho” de forma pouco republicana.
Mas generalizar que todos os pastores querem arrecadar dízimos é cometer uma injustiça das mais infelizes. Vejo pastores, de forma anônima, conduzirem seus fiéis, orientando-os como se protegerem da pandemia, fazendo arrecadações de gêneros alimentícios e distribuindo para pessoas necessitadas (fiéis ou não) e também, querendo levar a palavra de Deus aos cristãos em seus próprios templos. Isso tudo respeitando as normas das autoridades de saúde quanto ao distanciamento social e ao asseio em lugares públicos e utilização de máscaras. Mas este é um assunto para outra oportunidade.
Sinceramente, que fatos desta natureza não se repitam, ou que, acreditando na terceirização do controle das mídias sociais do prefeito, que os responsáveis sejam orientados a tratar o povo de São Cristóvão com respeito.
E para não dizer que não falei das flores, hoje, depois de muitos meses, o perfil oficial da prefeitura de São Cristóvão no Instagram liberou o meu acesso novamente. Oxalá os bons ventos da transparência publica comecem a nortear os atos da atual gestão.
Henrique Alves da Rocha (Coronel Rocha)
Presidente do Cidadania23 em São Cristóvão