O problema da oncologia sergipana ganha proporções sem precedentes. Na tarde da terça-feira, 11, o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) lembrou a história de sofrimento da professora do município de Nossa Senhora Aparecida, Maria José Barreto. Ela morreu aos 58 anos, vítima de um câncer de pulmão. “Para muitos, o que me traz hoje à esta tribuna pode parecer repetitivo e fruto de um repertório restrito, entretanto, não vou me calar enquanto pessoas morrem”, disse Eduardo.
O senador tratou como “irresponsabilidade e insensibilidade do desgoverno” a forma como o governo sergipano faz a gestão da Saúde. “Sergipe tem sido notícia na imprensa nacional, reiteradas vezes, por conta do caos que está instalado”. Segundo Eduardo, as três interrupções no tratamento da professora agravaram a situação da saúde da professora que teve como consequência o óbito.
“Dona Maria José Barreto era um dos milhares de sergipanos que dependem do poder público para o tratamento contra o câncer, era professora e no ano passado, se aposentou por invalidez para cuidar do câncer”, explicou Eduardo. Ele conta que, foram indicadas 18 sessões de quimioterapia, com começo em fevereiro e termino em julho, mas em março o medicamento acabou e a quimioterapia foi interrompida.
O governo
O Líder do PSC no Senado classificou o governo como “assassino e inepto”, ao lembrar que a situação poderia estar sanada com a construção do Hospital do Câncer. “Já foram destinadas sete emendas de bancada, montante de R$ 180 milhões, sem contar a de 2017 e que de todo esse valor, quase R$ 150 milhões tenham sido perdidos por conta do governo não ter apresentado as etapas do projeto”, detalho Eduardo.
“O que mais me causar dor e revolta é saber que recursos não faltaram, o que falta, de fato, é vontade política. Nada é capaz de tirar de mim a dor de ver tantas vidas perdidas por conta de uma gestão irresponsável. O que está acontecendo em Sergipe é um verdadeiro genocídio”, lamentou.
Fonte: Assessoria Parlamentar