
Equipes do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e do Comando de Operações Especiais (COE), deflagraram na manhã de hoje (17) a operação Fênix, que tem como foco prender suspeitos de envolvimento em um derrame de carteiras de identidade ideologicamente falsas. Foram detidos por força de mandados de prisões temporárias seis servidores do Instituto de Identificação de Sergipe; um agente prisional; capitão da reserva da Polícia Militar, e dois profissionais autônomos. Também estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão na sede do Instituto e em imóveis dos suspeitos.
A investigação que desencadeou a operação começou a seis meses, a partir de prisões de pessoas com antecedentes criminais, mas que estavam com novas identificações a partir de documentos de identidade “ideologicamente falsos”, expedidos pelo próprio Instituto. Na casa de um dos servidores teriam sido apreendidos várias certidões de nascimento. A informação é que o agente penitenciário preso era lotado no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). Já um dos servidores que foi preso já cumpriu pena por homicídio.
De acordo com a delegada Mayra Evangelista, que coordenou as investigações, a polícia vinha percebendo um derrame de RGs ideologicamente falsos, apreendidos com criminosos diversos em situações dentro e fora do Estado de Sergipe. Chamou a atenção das equipes de investigação o fato de terem sido expedidos pelo Instituto de Identificação de Sergipe, contendo informações falsas que acobertavam os criminosos por todo o país.
Dentre os crimes revelados com a investigação, além da corrupção ativa e passiva que envolvem as falsificações, foram apurados delitos de uso de documento falso, peculato e estelionatos praticados por pessoas que recorriam à compra de carteiras de identidade ideologicamente falsas para a prática de fraudes, em especial, de benefícios previdenciários.
Com informações do AJN1