O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que detém uma malha de gasodutos por US$ 5,19 bilhões para a Brookfield (BIP) e afiliadas. O anúncio foi feito hoje (23) pela Petrobras. O valor corresponde a 35% da meta de US$ 15,1 bilhões prevista no plano de venda de ativos da empresa entre 2015 e 2016. Para 2017 e 2018, a meta é vender cerca de US$19,5 bilhões.
A conclusão da venda depende de aprovação da assembleia geral da Petrobras, e há determinadas condições precedentes usuais, incluindo a aprovação pelos órgãos reguladores. A Petrobras informou que a primeira parcela dos recursos, de US$ 4,34 bilhões, equivalente a 84% do total, será paga no fechamento da operação, e o restante, US$ 850 milhões, em cinco anos. A empresa como principal cliente da NTS, que tem 2.050 quilômetros de gasodutos e 44 pontos de entregas de gás na Região Sudeste.
O consórcio comprador é formado também pelo fundo de pensão British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC) e por fundos soberanos da China e de Cingapura.
Em nota, a Petrobras diz que a operação abre oportunidades para que parcerias com outras empresas contribuam para o fortalecimento da indústria de gás natural no Brasil. “Fomenta, ainda, novos investimentos na ampliação da infraestrutura de transporte de gás, com o objetivo de criar um modelo de desverticalização da cadeia de gás natural, desejável pelo órgão regulador [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP]”, diz a nota. Além disso, a transação favorecerá “o desenvolvimento de um ambiente competitivo, propício à entrada de novos agentes neste mercado e ao compartilhamento dos custos da infraestrutura”.
A NTS foi criada a partir de um termo de compromisso assinado com a ANP, no qual a Petrobras comprometeu-se a reestruturar a Transportadora Associada de Gás e suas subsidiárias integrais, de forma a criar uma carregadora de gás natural no sudeste do Brasil (NTS) e outra no Norte-Nordeste.
A Brookfield é uma das maiores gestoras de ativos do mundo, com mais de US$ 200 bilhões sob sua administração e com portfolio que inclui empresas com mais de 14 mil quilômetros de gasodutos nos Estados Unidos, no Canadá e na Austrália.
Fonte: Agência Brasil