Com recuo do governo golpista que adiou a votação da reforma, centrais sindicais de Sergipe – CUT, CTB, UGT e Conlutas – unificam posicionamento. Transporte coletivo e comércio não serão paralisados, mas protestos acontecem durante todo o dia, na capital e o interior, em defesa da aposentadoria.
Essa segunda-feira, dia 19, vai ser um dia de muitos protestos dos trabalhadores em diversas partes de Sergipe, em defesa do direito à aposentadoria. A decisão aconteceu em reunião das centrais sindicais em Aracaju, nesse sábado, 17. Estiveram presentes a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
O dia de lutas é uma reação do movimento sindical em todo o país ao anúncio feito antes pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB), que a votação da reforma – que na prática acaba com o direito à aposentadoria de boa parte da população – seria iniciada nessa segunda-feira. Entretanto, depois do “Carnaval do Fora Temer”, marcado por incontáveis protestos contra a reforma e contra o governo ilegítimo, o projeto foi retirado da pauta da Câmara dos Deputados. O governo e a grande mídia interessada na reforma mudam a tática e agora manipulam as atenções para a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, por estarem perdendo a batalha e ainda não terem conseguido os 308 votos necessários dos deputados.
Transporte e serviços essenciais
Com o recuo do governo, desta vez os sindicatos não vão utilizar as táticas empregadas nas greves gerais que paralisaram o estado no ano passado. Transporte coletivo, comércio e serviços públicos essenciais estarão funcionando normalmente. Mas algumas categorias vão manter a paralisação das suas atividades, exemplo dos professores, e dois atos públicos acontecem durante o dia em Aracaju.
Atos públicos
Pela manhã, às 07 horas, as centrais sindicais fazem um protesto em defesa da Previdência, em frente a agência do INSS, na Av. Ivo do Prado (Rua da Frente). A tarde, o movimento sindical volta a ser reunir com diversas categorias do serviço público estadual em frente ao Palácio de Despachos do Governo do Estado, na Av. Adélia Franco. Os servidores estaduais exigem transparência, reajustes salariais e pagamento de salários em dia do governo estadual conduzido por Jackson Barreto (MDB), do mesmo partido que comanda o golpe no cenário político nacional.
De acordo com o vice-presidente da CUT/SE, Plínio Pugliesi, “Será dado o recado aos deputados federais, se botar pra votar, o Brasil vai parar. Como a reforma ainda não foi colocada em votação, os ônibus, comércio e muitos órgãos públicos não vão fechar. Mas protestos irão acontecer o dia todo. As greves gerais realizadas no ano passado garantiram que os brasileiros ainda tenham, hoje, o direito à aposentadoria. Mas esse governo alcançou o poder por meio de um golpe, por isso não tem compromisso em ouvir o povo e ainda não desistiu.”
Protestos no interior
Atividades também acontecem no interior do estado, ao longo do dia de lutas. Organizações que também fazem parte da Frente Brasil Popular, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), irão fazer protestos em cidades governadas por prefeitos aliados das forças golpistas que desmontam o país e retiram os direitos da população.
Fonte: CUT/SE